Há muito tempo fala-se dos benefícios do perdão para a saúde do ser humano, das consequências que as mágoas não tratadas podem acarretar em âmbito físico e mental de uma pessoa, e que é preciso perdoar para não adoecer.
Um estudo da psicanalista paulista Susana Avezum mostrou que o perdão pode reduzir o risco de infarto: Susana acompanhou pelo período de dois anos 130 pessoas em dois grupos, com perfil similar em idade, sexo, estilo de vida e condição econômica e observou que em um grupo todos haviam sofrido IAM – Infarto Agudo do Miocárdio e no outro não. No primeiro grupo uma característica comum: Eles passaram por situações de vida em que não haviam perdoado.
A psicanalista afirma que ressentimentos e mágoas são geradores de estresse e provocam em nosso organismo respostas fisiológicas de defesa cada vez que se revive o evento e isso pode levar a doenças, mas quando se trabalha o perdão ocorre o relaxamento dessas defesas do organismo, cura da mágoa e do corpo.
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Mesmo sabendo disso tudo, quem disse que perdoar é simples e fácil? Que basta uma palavra e tudo se resolve?
Quando crianças, aprendemos a oração universal “Pai Nosso”: “Perdoai as nossas ofensas assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido” e ouvimos que o próprio Cristo pediu para o Pai perdoar aos seus malfeitores.
Mas e quando a dificuldade é perdoar a si mesmo? Se somos capazes de perdoar a quem nos feriu, então por que não perdoar a nós mesmos por falhas e erros cometidos no passado, e isso inclui o fato de ter confiado em quem nos causou a dor.
Perdoe, mas antes perdoe-se, só então a cura acontece.
Perdoar é desculpar a ofensa sofrida e isso não significa esquecer completamente o que nos feriu, mas ser capaz de seguir em frente sem a dor quando lembrar o que aconteceu, vivendo no presente e deixando assim a situação lá no passado, sem arrastá-la como um fardo por toda a vida
Para algumas pessoas é algo espontâneo, para outras é preciso esforço. É possível aprender a perdoar e perdoar-se, então se for preciso, não hesite: busque ajuda profissional. Psicólogos, psiquiatras e psicanalistas podem ajudar nesse processo quando você não consegue seguir adiante sozinho.
Ano novo, um novo ciclo se inicia e com ele uma excelente oportunidade para exercitar e colocar o ponto final que faltava e trazer um novo colorido aos dias: Perdoar e perdoar-se. Então, vamos juntos nessa? Feliz PERDÃO novo!