Seja em uma consulta de rotina ou quando você está com algum problema de saúde, a consulta com um médico pode muitas vezes trazer mais dúvidas do que certezas. Às vezes, muitos termos técnicos e exames que não entendemos para que servem podem criar uma neblina entre paciente e médico. Por isso, cada vez mais, temos que valorizar e exercitar o diálogo sincero e aberto com os profissionais da saúde. Somente tendo uma troca de informações de forma clara é que vamos nos sentir realmente seguros do tratamento que estamos fazendo e, até mesmo, se submeter ao que realmente é necessário. Essa questão do diálogo é tão importante que diversas instituições pelo mundo estão trabalhando nesse aspecto.
Nos Estados Unidos, em 2012, a fundação American Board of International Medicine (ABIM) lançou uma campanha de conscientização chamada “Choosing Wisely” (“Escolhendo sabiamente” – em português). Essa campanha teve como objetivo conscientizar as pessoas levando informações para que elas evitem exames, tratamentos e procedimentos médicos desnecessários. Nem sempre todos os tratamentos e exames trazem um benefício real, por isso é importante se informar e saber dialogar com os médicos para ter a certeza do que realmente é necessário.
Além da ABIM americana, em outubro de 2016 o Reino Unido teve uma campanha de conscientização quanto a esse tema. Essa campanha divulgava 5 questões que, eles afirmam, todo paciente deve fazer ao seu médico:
1 – Eu realmente preciso fazer esse exame/tratamento/etc.?
2 – Existe algum tipo de risco ou vantagem?
3 – Pode acontecer algum risco colateral?
4 – Existem opções mais simples e seguras?
5 – Se eu não fizer nada, o que pode acontecer?
Dessa forma, fazendo essas perguntas ao médico, a decisão de tratamento é feita de forma muito mais consciente e esclarecida e assim melhores escolhas podem ser feitas.
O que se espera da parte dos médicos, é que eles transmitam esse tipo de informações para os pacientes:
1 – O diagnóstico deve ser claro. Caso o médico não possa fazer o diagnóstico, ele deve encaminhar para um especialista que possa.
2 – Explicações sobre a origem do problema. O que pode ter causado isso, etc.
3 – Falar sobre como a doença evolui.
4 – Explicar sobre opções de tratamento ao invés de falar apenas de uma.
5 – Falar sobre as possíveis consequências de seguir o tratamento proposto.
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Com essas informações, acostume a ter um diálogo mais aberto com o seu médico. Alguns minutos a mais de conversa podem fazer toda a diferença na hora de escolher o tratamento ideal.
Texto escrito por Ricardo Sturk da Equipe Eu Sem Fronteiras