A autenticidade é raridade na atualidade, pois vemos um mundo de cópias de tendências para todo lado, a busca pela atualização da moda e a necessidade de estar apto a cada atualização modal e a necessidade de pertencer ao mundo das atualidades.
As pessoas já não conseguem distinguir o que realmente gostam, pois, apenas reproduzem o que sociedade impõe como regra para atualidade, os gostos “ultrapassados” se tornam motivo de risos e chacota, pois, uma pessoa que tem gosto fora da moda atual e não está dentro dos padrões exigidos pela moda atual é alguém “atrasado”.
Gostamos e admiramos o que a sociedade nos impõe como belo, gostamos e pensamos ser bonito o que a tendência da sociedade nos obriga a gostar, não há espaços para autenticidade, não há espaços para os gostos individuais, não há espaço para as particularidades que tornam o mundo um lugar diversificado e maravilhoso, pois, a necessidade de se adequar e enquadrar-se à sociedade atual é uma “obrigação” de todos.
Os meios de comunicação promovem a cada dia uma nova atualização, e o que é mais compartilhado nas redes sociais se torna aceito e assim é o verso, pois, algo menos compartilhado nas redes sociais não pode nem ser mensurado, pois é algo “feio” sem impacto social.
Com isso, estamos perdendo a nossa autenticidade, perdendo a nossa individualidade, pois apenas reproduzimos o que as grandes massas e os meios de comunicação nos obrigam a reproduzir. É imposto a cada pessoa fazer parte de uma rede social, compartilhar algo que nem sempre é a realidade de cada um e conquistar “seguidores”, pois, se uma pessoa não consegue espalhar o seu conteúdo nas redes sociais, é uma pessoa que não existe para a sociedade atual.
A necessidade de ser aceito pela sociedade midiática é uma das maiores necessidades dos humanos na nossa atualidade. A carência gerada por essa necessidade mascara os gostos autênticos de cada pessoa, esconde e obriga que as pessoas não expressem seus gostos reais, pois, se o seu gosto for em contramão do gosto da sociedade atual, a sociedade irá convencê-lo que o seu gosto é errado e que você tem que se adequar ao gosto da sociedade.
E isso vai gerando uma necessidade de pertencer à sociedade atual e ao pertencer à sociedade atual tira de cada pessoa o poder de pertencer a si próprio, pois, seus gostos, desejos e modo de pensar devem estar adequado ao modo de vida que a sociedade impõe, tornando cada pessoa dependente da aprovação social (mesmo que essa aprovação seja volátil e altere a cada momento), e quando uma pessoa é dependente da aprovação de outra para viver ela se torna escrava da outra pessoa e as pessoas se tornam escravas das mídias e de seu poder de imposição, impossibilitando a liberdade de pensamento e gostos e o pertencimento a si próprio.
Pois, uma pessoa com pensamento livre que pertence a si, é uma pessoa que sabe quem realmente ela é, como diria o filósofo Sócrates “Conhece-te a ti mesmo”, pois, uma pessoa que conhece a si, não depende da aprovação de nenhuma outra pessoa para viver, pois, o que importa é a sua opinião, essa pessoa sabe os seus gostos e o que lhe agrada, sabe impor limites a sociedade e as demais pessoas, sabe que não precisa pensar que algo é belo somente porque todos a sua volta falam que é, ela tem a autenticidade de pensar por si e gerar suas próprias conclusões sobre a vida.
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Ou seja, a pessoa só será livre quando romper com a necessidade de apreciação e aprovação social, quando ela sabe expressar seus pensamento e opiniões mesmo que a coloque contra tudo e contra todas, pois, são os nossos pensamentos que nos definem e os nossos pensamentos devem pertencem a ninguém mais, que nós mesmo, pois, a vida é individual, nascemos sozinhos e morreremos sozinhos, iremos ter várias conexões durante a vida e essas conexões e relações devem ser algo que nos aprimore a manter a nossa essência e as nossas particularidades, pois, o mundo é e deve ser um aglomerado de diversidades que formam um todo maravilhoso.