Em uma saída a pé, comecei a perceber os perigos das calçadas da minha cidade. Moro em uma cidade que tem diversas ladeiras, e as ruas são repletas de degraus e curvas inclinadas, às vezes escorregadias. Alguns moradores de residências de esquina, em ações muito pertinentes, colocaram alguns corrimãos em suas paredes, o que auxilia as pessoas que possuem maior dificuldade de locomoção a percorrer com mais facilidade os locais que trazem mais desafios e obstáculos.
Às vezes, pisos mal concebidos podem causar acidentes infelizes, e fazem com que sejam necessários cuidados de saúde inesperados.
A circulação de idosos, cadeirantes e pessoas que conduzem carrinhos de bebês é bastante afetada por esse tipo de construção urbana – lembrando que ruas enlameadas também têm seus desafios, mas isso é uma arte da natureza. Pisos cerâmicos em áreas externas precisam ser do tipo antiderrapante, por conta dos dias em que estiverem molhados. Na dúvida, melhor usar o cimento, mesmo, pois ele ajuda a evitar escorregões e acidentes.
Buracos mal sinalizados também são perigosos e podem causar ferimentos quando não são avistados pelos pedestres. Já foram inúmeras as pessoas que precisaram de atendimento médico, tendo que receber vacina antitetânica e até pontos cirúrgicos, por causa das machucaduras com caibros ou tampos de ferros e cortes mais profundos.
As esquinas de algumas ruas são muito íngremes, o que pode causar lesões nas articulações. As clínicas ortopédicas agradecem … Outro problema com o qual precisamos lidar quando caminhamos por aí são os dejetos fecais dos pets, cujos proprietários não têm a preocupação de carregar saquinhos para recolher a sujeira produzida pelos animais.
São muitos os que tomam o devido cuidado, mas há outros que deveriam ter um pensamento mais coletivo. Será que a residência dessas pessoas é cheia de descartes fisiológicos espalhados pelo chão?
Atenção tripla, né? Afinal, ficar com os calçados e barra de calças ou vestidos sujos de cocô causa muito incômodo. É uma situação vexatória quando chegamos em algum ambiente com um cheiro peculiar e desagradável, muitas vezes impossível de higienizar.
O interessante é que, muitas vezes, queremos nos sentar no gramado e temos a chance de nos sujarmos com o material escondido. É só ter um pouquinho de noção para lembrar que o lugar de todos não o mesmo lugar para tudo! Outro dia mesmo, fiz um percurso longo com a cabeça baixa, como se estivesse triste, só porque precisava me atentar ao chão para não pisar no “proibido de cheiro forte”.
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A questão da segurança na circulação de pedestres pelas ruas de uma cidade também traz outra preocupação. Com a atual situação financeira do mundo, tão instável, com pandemia, guerras, invasões virtuais, aumento de consumo de álcool e semelhantes, inflação, desemprego, falências, fome, falta de perspectiva de melhora, entre outros poréns, tudo isso evidencia o aumento da violência, mais assaltos, mais mortes, também mais tristeza e insatisfação. Cabeça baixa e ouvidos atentos.
Portanto, repito minha pergunta, por que andas de cabeça baixa?