Depois de maio de 2013, o Brasil vive novamente um clima de indignação nacional: o aumento quase que semanal dos combustíveis. Será que isso será capaz de fazer o gigante adormecido acordar? Espera-se que sim! Por causa disso, já vem acontecendo em vários estados do país protestos e manifestações organizadas de repúdio à política adotada pela Petrobras. Manifestações legítimas, uma vez que o cidadão brasileiro vem pagando uma conta que não é só dele.
Com o objetivo de sanar as dívidas da empresa e reconquistar a confiança dos acionistas, a Petrobras adotou uma nova política de preço que faz o aumento dos combustíveis ser quase que diário. Mas você sabe que política é essa? A Petrobras equiparou o preço dos combustíveis ao mercado internacional, que inclui custos como frete de navios, de transportes e taxas portuárias. Além disso, atrelou o preço da gasolina à volatilidade da taxa de câmbio e dos preços sobre estadias em portos e tributos.
Essa nova política de ajuste dos combustíveis no Brasil está sujeito a fatores externos. Dessa forma, qualquer crise ou conflito que aconteça no mercado externo, o brasileiro sente no bolso. Para muitos especialistas, o melhor que o governo poderia fazer é privatizar a Petrobras. O pior que pode acontecer nesse momento é o governo ficar intervindo na política de preços da empresa. “Ou uma coisa ou outra” – dizem os especialistas. No entanto, para muitos, a confiança é que a Petrobras sairá mais fortalecida do que o Governo.
No meio dessa crise toda, a pergunta que todo brasileiro faz é: vale a pena abastecer o carro com álcool? Especialistas dão conta de que só compensa abastecer o automóvel com álcool se o seu preço for até 70% do da gasolina. Dessa forma, o motorista precisa ficar atento a esse cálculo na hora de abastecer, pois o álcool rende menos do que a gasolina e, no final das contas, ele pode acabar entrando no prejuízo.
Na década de 90, o Brasil passou por uma crise semelhante. O mundo vivia uma instabilidade em relação ao suprimento do petróleo, principal fonte de combustível para os transportes, as indústrias e as usinas termelétricas. O alto preço e a ameaça de escassez de petróleo levaram muitos países a investir em combustíveis alternativos. O Programa Nacional do Álcool foi uma das medidas adotadas pelo Brasil nesse período. Com o passar dos anos, o Programa foi deixado de lado e, atualmente, está totalmente esquecido.
Desde as “diretas já”, passando pelos “caras pintadas”, as “manifestações de rua de maio de 2013”, até a “greve dos caminhoneiros”, o brasileiro aprendeu que os direitos só são conquistados por meio da luta. Dessa forma, não podemos ficar “deitados em berço esplêndido” esperando o salvador da pátria chegar, até porque ele não existe.
A cidadania é um processo de conquista. O povo precisa reagir. Os caminhoneiros estão fazendo a parte deles e já conquistaram bastantes coisas pelo país afora. Aqui em Manaus também teve manifestação de caminhoneiros, de motoristas de carros particulares e de moto-taxistas. A hora é agora!
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