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Por que o chocolate e não o brócolis?

Uma cabeça feita de papel cortado está no foco da imagem. Dentro dela, há um cérebro de papel desenhado. Ao redor da cabeça, há cinco peças de um quebra-cabeça desorganizadas.
Liliia Bila / Getty Images / Canva

Você já se perguntou por que o cérebro prefere chocolate ao brócolis? O segredo está em um mecanismo evolutivo que busca prazer imediato. Mas será que essa preferência está nos prejudicando hoje? Descubra como o cérebro molda nossas escolhas e o impacto disso em nossas vidas.

Talvez você já tenha se perguntado por que, diante de uma escolha, nosso cérebro tende a preferir chocolate, bolo ou qualquer outro alimento calórico ao invés de algo saudável como o brócolis. A resposta está diretamente ligada ao mecanismo de recompensa do cérebro e à liberação de dopamina, o neurotransmissor responsável pela sensação de prazer.

O cérebro humano é uma máquina complexa, mas com um objetivo bem simples: maximizar recompensas para garantir nossa sobrevivência.

Desde tempos primitivos, fomos programados para buscar alimentos ricos em calorias, como açúcares e gorduras, que fornecem energia de forma rápida.

Quando comemos algo doce, como chocolate, o cérebro dispara dopamina, criando uma sensação de prazer e satisfação. Essa memória é registrada em uma região do cérebro que atribui valor às experiências e recompensas.

Assim, toda vez que nos deparamos com chocolate, nosso cérebro automaticamente lembra das experiências positivas anteriores.

Uma mulher comendo um bolo de chocolate está no foco da imagem. Ela fecha os olhos e leva um pedaço do bolo à boca. Em outra mão, ela segura um prato com mais pedaços de bolo.
PixelsEffect / Getty Images Signature / Canva

Isso acontece porque o COF cria uma hierarquia de valor baseada no quanto algo foi prazeroso. Alimentos calóricos geralmente estão no topo dessa lista, já que a sobrevivência de nossos ancestrais dependia de estocar energia.

Enquanto o brócolis oferece nutrientes importantes, ele não é tão rico em calorias e nem dispara a mesma quantidade de dopamina. O sabor amargo de muitos vegetais também é menos atraente do ponto de vista evolutivo, pois o cérebro primitivo associava sabores amargos a alimentos potencialmente perigosos.

Esse mecanismo, que foi crucial para a sobrevivência no passado, hoje pode ser um desafio. Vivemos rodeados de opções altamente calóricas e prazerosas, mas com poucos benefícios nutricionais.

Lutar contra isso não é apenas uma questão de força de vontade. Para mudar hábitos, é preciso reconhecer a recompensa subjacente e buscar substituí-la por outra que seja igualmente satisfatória, mas mais saudável.

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Portanto, o motivo pelo qual escolhemos o chocolate, e não o brócolis, está na forma como nosso cérebro aprendeu a associar prazer e sobrevivência ao longo da história. Transformar esse padrão exige paciência e estratégias que reequilibrem o jogo da dopamina.

​Janio Costa – Psicanalista/Coaching de Relacionamento e Ansiedade

Sobre o autor

Janio Ferreira Costa (Psicanálise Online)

Olá, sou Janio psicanalista, estou feliz por estar aqui. Fazer terapia é ler a si mesmo.

Trabalho com sessão online com adultos, veja meus contatos no final deste artigo. Grato.

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