Sexta-feira, final de expediente. Bate aquela alegria indescritível de liberdade.
Domingo à noite, final do dia. Bate aquela agonia indescritível de falta de propósito.
No intervalo entre o domingo e a sexta, mais precisamente entre a segunda e a sexta, você investe a maior parte do seu tempo em algo que, em primeira instância, lhe traga segurança, que lhe garanta a sobrevivência.
Aqui falamos de dinheiro.
Você investe seu tempo inconscientemente em sua sobrevivência. Afinal, sem o dinheiro você não teria a segurança e sua sobrevivência estaria ameaçada. Ou seja, aqui temos um aspecto positivo do dinheiro, pois ele permite que você sobreviva, mas o tempo que você investe nesse processo, e às vezes isso é o dia todo, exige uma obrigação muitas vezes sufocante, afinal, na grande maioria dos casos, você ou não gosta do que faz, ou odeia mesmo.
A grande verdade é: Estamos desperdiçando nossos potenciais!
E não é só o que você faz, mas as pessoas com quem convive. É como se a maioria ali fosse um exército de demônios ajudando Deus a puni-lo no inferno. Conhece essa sensação ou história? Pois é, você e 95% da população do planeta seguem isso, independentemente de crença ou religião, afinal sonhar é para poucos, então vamos trabalhar, entregando nossos potenciais aos nossos sonhos e nos dedicar a uma vida medíocre e de constante frustrações. E claro que isso constitui uma força de trabalho de baixa qualidade, vitimista, irresponsável e sem comprometimento com escolhas que nós mesmos fizemos.
Mas vamos parar um pouco e analisar nossa história.
– Primeiramente, somos nós que fazemos nossas escolhas, mesmo que responsabilizando algo externo, nós decidimos entre o sim e o não.
– Segundo: nós decidimos perseguir nossos sonhos ou os sonhos de outras pessoas, incluindo aí nossos pais.
– Terceiro: nós decidimos a força que damos aos nossos medos ou aos medos dos outros.
– Quarto: nós decidimos também o foco de nossa raiva, que nada mais é do que nossa sombra interna ignorada e implorando por Luz.
Só que no meio disso tudo, temos um complexo sistema de crenças e convicções subconscientes que nos afastam de grandes verdades.
Só você sabe o que passa na sua cabeça e pelo que passa em seus processos.
Só você conhece, mesmo superficialmente, suas sombras.
Só você sabe o que é o verdadeiro amor, assim como o medo e a raiva.
Só você sabe os motivos que levaram você a chegar até onde se encontra.
Só que na verdade nem você sabe tudo isso.
Você não conhece todas as suas crenças, mas tem noção do que deveria ser.
Você não conhece o seu subconsciente, mas permite culpar-se excessivamente.
Você não sabe ou não aceita que no fundo não é uma pessoa tão boa como você gostaria de ser, e está tudo bem com isso.
O importante é aceitar quem você é e refletir sobre o que deseja ser.
Muitas vezes passamos a vida como larvas, pois a borboleta que sonhamos nos tornar é na verdade aquele sonho de outra ou outras pessoas.
Vivemos o plano da dualidade e nossa alma veio aqui sim para experienciar até a escuridão.
Somos seres espirituais vivendo uma realidade física em um plano de dualidade, em que o bem e o mal são essenciais nesta realidade.
E se no fundo viemos para cá exatamente para aprendermos a iluminar nossas sombras, aceitando nossa escuridão como parte integral do todo em que vivemos?
Somos o Todo! Somos o bem e o mal! Somos o belo e o feio, o simpático e o arrogante, o pobre e o rico, o honesto e o oportunista.
Somos tudo, mas só queremos aceitar o positivo, aí o negativo vem com toda força e compromete nossa realidade, trazendo tristeza e sofrimento.
Toda essa complexidade drena nossa energia e desperdiça nossos potenciais de realização.
Já somos Luz em essência, então não viemos aqui unicamente para nos tornarmos o que já somos, precisamos apenas aceitar isso e abraçar com carinho e amorosidade da nossa escuridão.
Daí é que vem nossa irritação com as pessoas, pois elas são o reflexo do que está dentro de nós e nos recusamos a assumir. E assumir não significa sermos ruins, mas entendermos que também podemos ser ruins, mas que conscientemente escolhemos ser melhores.
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O que me vem como realmente importante neste momento é:
– Pare de se comparar aos outros e de compará-los a você.
– Pare de julgar quem você desconhece a história de vida, família, vidas passadas e missão de alma – ou seja, todos!
– Pare de se anular, de se criticar e de se desmerecer – isso nada mais é do que talvez a perpetuação da repressão infantil, ou seja, a educação dada por nossos pais.
– Pare de culpar os outros ou a você mesmo pelas suas decisões, apenas se responsabilize livre de todo e qualquer castigo.
Seja o seu melhor, mas abrace sua escuridão, senão ela toma conta de tudo, e você nunca será uma linda borboleta, e continuará desperdiçando seus potenciais. E um fato é: larva não envelhece, ou ela se torna borboleta ou…