A sombra humana é tudo aquilo que escondemos de mais imperfeito ou reprimido em nós. É o nosso outro lado mais condenado por nossas mentes conscientes fazendo com que a mesma fique presa em nossos inconscientes. Afinal, socialmente necessitamos ser aceitos. E, assim, usamos alegorias para esconder a inteireza da nossa essência. Entretanto, não aceitamos tal totalidade. É como uma unidade inexistente em nós que não forma nenhuma resolução equacional. O que denota até compreensão, pois desde pequeninos somos incentivados pela maioria dos contos infantis a sermos os “perfeitos” que punem os “vilões”. Ou mesmo punimos os “vilões” invisíveis que há em nós.
Desejamos mostrar apenas nossa melhor parte.
Mas, como isto é possível se encarceramos a própria sombra? Como sermos luz sem sombra? Este questionamento é a maior prova da inseparável dualidade humana. A verdade é que precisamos primeiro nos encontrar com a nossa própria sombra para reconhecer a nossa luz. Não há outro caminho. Se não enfrentarmos nosso lado mais negro, projetaremos o mesmo nos outros e o rejeitaremos… rejeitando-nos. Viveremos como bichos noturnos que preferem a escuridão (dos segredos) para não serem caçados pelos seus predadores (chamados verdades expostas à claridade da consciência). E, assim, caçaremos mais mágoas, explosão de raivas, engodo, fantasias descabidas, ódio, inveja, ingratidão, fofocas, vinganças, egoísmo, calúnias, arrogância, deboches, intrigas, injustiças, falsidade e tantos outros sentimentos negativos e destrutivos para alimentar a nossa sombra e deixá-la cada vez mais forte.
A maioria de nossas maiores inquietações provém da repressão inconsciente da sombra.
Ficamos mergulhados em comportamentos confusos por não tornarmos consciente nossa própria escuridão. Queremos bani-la a todo custo, mas jamais enfrentá-la. Pois sabemos que colheremos a dor da culpa e da vergonha. Entretanto, se tomarmos consciência da nossa sombra, deixaremos de ser caricaturas para sermos humanos reais e inteiros.
Acolher a nossa sombra não significa aceitar seus males feitos, mas sim conversar com a mesma e dizer que prefere seguir o caminho da luz e da paz interior.
Só quando libertarmos nossa sombra da prisão inconsciente alcançaremos a luz da consciência. E, assim, a guerra da confusão interna terá por fim sido vencida pelas pazes feita entre o inimigo sombra e o amigo luz. E juntos se tornarão um só!
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