Nada é acaso, nada é inexplicável. Apesar do nosso avanço, quer na ciência, quer na espiritualidade, muito ainda é preciso aprender. Os momentos atuais nos mostram que os seres humanos estão descobrindo sobre si e sobre a sua realidade, questões até então secundárias.
Com foco de atenção à pessoa e seu contexto vital, a exercitação de olharmos para a coletividade da qual participamos, com visão mais atenta, nos coloca em confronto com conceitos radicalizados, nos induzindo a nos perceber como simples mortais.
Porém, nós deixamos essa percepção para depois e desviamos a nossa atenção para a esperança contida em uma vacina, mas a mensagem é forte e precisamos interiorizá-la.
Os religiosos de boa fé se prostram em orações, os mais esclarecidos pedem pela humanidade, os menos se preocupam com si mesmos, os espiritualistas entendem o momento e aqueles indiferentes e os de má-fé perdem essa preciosa oportunidade de progresso interior.
Nações fecham as fronteiras, grandes economias estão abaladas, empresas multinacionais estão encolhendo, endinheirados vão em auxílio dos menos favorecidos, líderes estão inseguros, as pessoas estão deixando de olhar as vitrines para olhar para si mesmas. É a mudança para o alvorecer espiritual que nos acena, não com a expectativa de uma vacina mas com a perspectiva de um novo amanhã. Ainda há tempo para nos vestirmos com a nossa melhor roupa para esse porvir sem expiações e provas.
Um casal e seus três pequenos filhos, em um fim de semana, vão para um piquenique em uma cachoeira distante.
Lá entram na água, jogam peteca, rolam na grama etc.
No final do dia voltam e, estando na cidade, o caçula quer água, está com sede.
Mais adiante o pai para o carro em frente a dois estabelecimentos, um deles é um restaurante cinco estrelas, bem iluminado, porteiro fardado, garagista, garçons corteses.
O outro, uma lanchonete simples, com o proprietário servindo os fregueses em pé, ladeando o balcão.
Sem mais pensar, ele entra nesse segundo e compra a garrafa de água, óbvio, sujo como estava…
Passa-se o tempo, as crianças já estão na adolescência. Ele, o pai, é promovido a um alto posto na empresa em que trabalha.
A família está em júbilo e no sábado seguinte se aprontam com aprumo para comemorar, não com um simples jantar mas com um banquete. Saem e param exatamente em frente àqueles dois estabelecimentos.
Como antes, sem mais pensar, entram no restaurante de mais requinte.
Nessa história a lanchonete modesta simboliza o nosso tempo atual, o restaurante o tempo que se avizinha. Os que espiritualmente estiverem malvestidos escolherão a lanchonete, os preparados para o banquete entrarão no restaurante.
As imperfeições do pensar, do sentir e do agir tramitam no sentido oposto ao da lei de justeza advinda do Criador, maculando-nos como espíritos.
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O pensamento de destruição é veneno ingerido, o pensamento edificante é alimento que fortifica.
Aliando essas informações à adversidade atual, que entendo ser propícia, mostro que esta ocasião favorável não deve ser desperdiçada, porque não surgirá outra.
Preparemo-nos nos vestindo para o banquete com a prática silenciosa, consciente, natural e diária dos bons pensamentos, palavras e obras.
Obrigado por me ouvir.