Relações tóxicas e abusivas são um terreno perigoso onde, muitas vezes, duas pessoas com temperamentos agressivos e narcisistas permanecem juntas por anos.
O vínculo pode parecer indestrutível, mas, na verdade, é sustentado por padrões de repetição emocional e por ganhos inconscientes.
Quando esses casais decidem morar juntos ou até se casar, há uma falsa esperança de que a convivência mais intensa ou a solidez do compromisso trará mudanças positivas. Porém, a realidade frequentemente é outra: ninguém muda ninguém.
A crença de que a rotina, com suas exigências de compreensão, união e reciprocidade, pode transformar uma relação tóxica em algo saudável é ilusória.
A verdade é que mudanças profundas não acontecem simplesmente pelo contexto externo. Uma pessoa só muda se houver consciência e desejo genuíno de transformação, o que nem sempre está presente em relacionamentos abusivos.
Sigmund Freud descreveu o conceito de “repetição”, que é um mecanismo psíquico onde as pessoas reproduzem padrões, mesmo que sejam destrutivos, porque isso oferece um falso senso de conforto.
Essa repetição cria ganhos inconscientes: a ilusão de que “tudo está bem” e a economia de energia emocional. Para quem está atolado nesses ciclos, a vida parece uma estrada de mão única, onde o esforço para mudar é evitado porque o familiar, mesmo que tóxico, parece mais fácil de lidar.
O que precisamos compreender é que viver nesse tipo de relação é negar a si a possibilidade de um amor saudável.
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Persistir na esperança de que o outro irá mudar sem sinais claros de transformação é se condenar a um ciclo de dor. Reconhecer os padrões e tomar decisões para romper com eles é o único caminho para construir uma vida mais leve e saudável.
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