A maioria das pessoas não acredita em cura emocional para o psicopata por causa das obscuras dimensões desse tipo de adoecimento, em que dependendo do caso a dissimulação entre verdades e mentiras é tão bem teatralizada que até os detectores de mentira mais sofisticados e mesmo aqueles que estudam anos a fio as microexpressões faciais têm dificuldades em discernir sobre a verdade dos fatos.
Como os psicopatas possuem dissociações importantes sobre as profundezas emocionais que os movem, as suas ações, embora bem articuladas, não possuem a menor empatia ou conexão com qualquer um com quem estiverem lidando. Embora sensíveis ao funcionamento dos demais, fazem uso de tal sensibilidade para terem poder sobre os outros e por fim articularem intentos bem distantes de tudo o que pode ser nomeado como confiança e afeto. Suas ações visam um prazer próprio bastante distante de tudo o que é conhecido como normal. Como sabem sobre as leis que governam a realidade das pessoas, reconhecem que o que gera o prazer individual que eles tanto necessitam não é compatível com a sociedade e que portanto deve ser feito onde ninguém os vê. Seus prazeres ocultos são de origem sádica, com requintes de crueldade e dependendo do grau de adoecimento podem incluir a morte física ou psíquica de suas vítimas. Em ambas a crueldade será o tom, sendo que tais movimentos costumam aparecer desde quando são pequenos, muitas vezes com animais e mais à frente incluindo pessoas. Podem ser assassinos em série ou ser assassinos de pessoas, pelo pseudoesporte de aniquilar tanto física como psicologicamente as suas vítimas escolhidas. Quando são pegos e culpados pelos seus atos, habilmente invertem a situação, fazendo com que as suas vítimas e muitas vezes os profissionais da saúde e da justiça tenham dúvidas.
Psicopatas agem por impulso, são mestres em manipular pessoas e ambientes, na sede de suas conquistas. Ativam inteligência máxima para conseguirem o que querem e são extremamente bons no que e como fazem, porém o que não sabem é que também são vítimas, reféns dos seus mandatos inconscientes, não palpáveis e não liberados para si mesmos. São exilados deles próprios. Uma ruptura sem volta que os deixa definitivamente distantes de uma natureza que poderia ser mais saudável e com maior autonomia para que, quem sabe, eles pudessem partir para novos rumos existenciais bem distantes do que vivenciaram até agora. A pergunta que fica é se aguentariam viver o que tem dentro deles, se suportariam trocar tal tipo de prazer cego pela consciência do que os faz agir como agem.
Muitos estudiosos postulam que o dano emocional do psicopata é neurológico e de nascença. Será? Definem que a psicopatia é um acidente neurológico e que, portanto, se assim se nasce, não há possibilidade de cura. Psicopatas não têm disposição para fazer terapia, não são cooperativos e quando são pegos em seus deslizes jamais sentem culpa ou vergonha. Programas penitenciários que visavam a recuperação destes provaram que eles aprendem mais sobre como funcionam e quando saem das prisões encontram-se mais afiados do que nunca. Durante o período de suposta recuperação, são as melhores pessoas, extremamente cooperativas.
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Psicopatas não são capazes de amar, não sentem emoções, mas sabem fingir ter sentimentos, dependendo do tipo de situação em que se encontram, dependendo dos objetivos que têm em mente.
E você o que acha? Psicopatas podem ser curados?
Quanto mais despertos, melhor!