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Quais são os desafios e as oportunidades do empreendedorismo feminino

Imagem das mãos de duas mulheres emmpreendedoras se cumprimentando. Ao fundo a imagem de um mapa, nas cores roxo e branco.
Pete Linforth / Pixabay
Escrito por Eu Sem Fronteiras

O empreendedorismo está em evidência, e as mulheres têm atingido cada vez mais representatividade social e no mundo dos negócios. Entretanto isso ainda está longe do ideal, e as mulheres enfrentam alguns desafios que extrapolam os aspectos que envolvem os negócios em si, como o planejamento, o mercado e os investimentos, entre outros.

Algumas mulheres optam pelo empreendedorismo como uma fonte de renda para suprir as necessidades básicas próprias e de sua família. Muitas vezes perderam o emprego com registro em carteira e decidiram empenhar-se num negócio relacionado a uma prática que anteriormente era um passatempo ou algo amador.

Entre conhecer o mundo dos negócios, descobrir-se, adaptar a rotina familiar e tantas outras exigências, a mulher ainda enfrenta os percalços da sociedade patriarcal em que vivemos.

Conheça agora os desafios e as oportunidades do empreendedorismo feminino e entenda por que as mulheres vêm mostrando o seu poder e o seu valor!

Desafios do empreendedorismo feminino

Iniciar um negócio é desafiador para qualquer pessoa. Envolve etapas que vão desde o planejamento até o desenvolvimento, com muitas variáveis que exigem habilidades, nem sempre presentes. Há ainda as questões relacionadas a perpetuar-se e crescer no mercado, que, dependendo do negócio, pode ser muito competitivo.

Para as mulheres, além do exposto, os desafios ainda envolvem o preconceito, a jornada múltipla, a falta de incentivo e taxas de juros mais altas.

No que tange à jornada múltipla, ela provoca uma sobrecarga física, emocional e psicológica para a mulher, pois dela é exigido que se desdobre em diversos papéis e concilie todo o trabalho que envolve o seu negócio com as tarefas domésticas, de cuidados com a família, de atualização profissional e, para muitas, de estudo acadêmico.

Imagem de duas mulheres empreendedoras fazendo uma reunião de negócios em um restaurante. Elas estão usando camisa social e um terno escuro. Uma delas aparece estar apreensiva.
Anastasia Gepp / Pixabay

Quanto ao preconceito decorrente do sexismo ou da discriminação baseada em estereotipia de gênero, a mulher, por mais competente e bem-sucedida nos negócios que seja, ainda é conceituada de forma diferente dos homens, principalmente em segmentos em que há a predominância masculina, como a área de Tecnologia da Informação e as startups.

Esse cenário, que aparenta ser pouco atrativo para a mulher desenvolver os seus projetos, também pode representar uma alavanca para derrubar as barreiras da desigualdade de gêneros.

Algumas empreendedoras ainda sofrem com a falta de incentivo, até mesmo por parte dos familiares e de amigos, que não confiam no potencial do negócio ou não acreditam em sua capacidade de o gerir. Essa questão não envolve somente o fato de elas terem que investir os próprios recursos, obter empréstimos com familiares ou pagarem taxas maiores de juros, mesmo sendo melhores pagadoras do que os homens. Ela pode abalar a autoconfiança da mulher, com impacto na tomada de decisão e, por consequência, no sucesso e na perenidade do negócio.

Em 2018, segundo a GEM (Global Entrepreneurship Monitor), 50,7% das mulheres empreendedoras não permitiriam que o medo de fracassar as impedisse de iniciar um novo negócio. Elas são resilientes e preocupam-se com os impactos dos seus negócios nas comunidades onde estão inseridos.

Oportunidades do empreendedorismo feminino

Ainda que tenha de enfrentar dificuldades, o empreendedorismo feminino está em ascensão, muito em função de características da mulher que beneficiam a gestão dos negócios, como cooperação, coragem, determinação, sensibilidade, intuição e iniciativa.

As mulheres saem-se bem no planejamento, por exemplo, porque conseguem antecipar problemas e soluções por terem a capacidade de ser multitarefa.

Por terem que conciliar os afazeres pessoais com as atividades profissionais e otimizar a jornada, as mulheres tendem a obter sucesso e mais facilidade na gestão do tempo sem causar impacto negativo no negócio.

A fidelização de clientes é mais facilmente alcançada e tem uma base sólida porque as mulheres empreendedoras têm o perfil de atentar aos detalhes e cuidar de pessoas.

As mulheres não se intimidam diante das dificuldades, pois têm uma boa resposta de capacidade adaptativa e com resiliência.

Tanto os conflitos familiares quanto aqueles relacionados ao ambiente empresarial tendem a ser resolvidos com flexibilidade pelas mulheres empreendedoras.

No empreendedorismo feminismo, é comum que as mulheres tenham ensino médio completo, e há um maior aperfeiçoamento técnico e comportamental, o que permite identificar novas oportunidades e desenvolver e ampliar os negócios.

Imagem de uma mulher empreendedora usando o seu tablet para analisar os gráficos de suas finanças.
Gerd Altmann / Pixabay

A liderança é diferenciada no empreendedorismo feminino, porque a mulher valoriza as relações interpessoais, foca a gestão de pessoas e cuida para que o clima organizacional seja favorável.

Um olhar mais abrangente e analítico do negócio, a atenção aos colaboradores e os cuidados com a comunicação para que as equipes sejam melhores são características das mulheres no empreendedorismo feminino.

Um recurso para a transformação social, a apropriação de conhecimento, a inclusão no mercado de trabalho e na economia do país e a mudança de paradigmas para desenvolver uma sociedade mais igualitária são alguns resultados da atuação das mulheres empreendedoras.

Ainda que as mulheres estejam num processo de identificar mercados, buscar oportunidades de negócios em segmentos a serem explorados, aperfeiçoar a forma de negociar e de administrar (muitas vezes com base empírica), o empreendedorismo feminino vem tornando-se exemplo positivo na economia.

Tanto para as empreendedoras, pessoalmente, quanto para a atividade do empreendedorismo feminino, as oportunidades de crescimento são promissoras, porque não falta vontade de alcançar o sucesso e se consolidar.

Os desafios do empreendedorismo feminino envolvem trabalhar muito e incansavelmente, ter os clientes com prioridades diversas como chefes, saber agir num mercado por vezes desconhecido, com políticas oscilantes, sob situações diversas, preconceito e discriminação e se manter crescendo e investindo.

Da mesma forma, as oportunidades do empreendedorismo feminino sinalizam a possibilidade de construir uma história profissional independente, de exercer liderança, ampliar a imagem do papel social, tornar empresas dinâmicas e diferenciadas.

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Como empreendedoras, as mulheres ampliam seus horizontes, conhecem melhor a si mesmas, podem conquistar ganhos monetários diferenciados e, mais do que consolidar uma marca empresarial, a tornam sua marca pessoal. Por vezes, na simplicidade, ainda aprendendo, elas correm riscos com ousadia e enfrentamento. Então, a nós, se não estivermos nessa condição, cabe o respeito e o aprendizado de que empreender não é para os fracos e, sendo assim, é para as mulheres. Perceba que belo exemplo!

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