Ok, você decidiu fazer terapia, mas agora não faz a menor ideia de como começar essa tarefa de encontrar um terapeuta que seja o mais recomendado para atender às suas demandas? Nós podemos ajudá-lo!
Ao longo de séculos de desenvolvimento, a psicologia desenvolveu diversas abordagens, ou seja, métodos diferentes de diagnosticar e de tratar problemas, de ajudar pacientes a entender de que forma é possível lidar com suas questões e, obviamente, de aliviar suas tensões, seus medos, suas angústias e suas dores. Cada uma dessas abordagens é bastante diferente entre si, por isso é importante que você conheça as principais delas e pergunte ao seu terapeuta com qual abordagem ele trabalha quando for iniciar uma terapia.
Confira neste artigo as principais abordagens da psicologia, mas saiba que existem muitas outras que podem ajudá-lo em seus processos:
Terapia cognitivo-comportamental
Também conhecida pela sigla TCC, essa terapia tem como principal objetivo modificar e transformar pensamentos disfuncionais, ou seja, aqueles que atrapalham e prejudicam a qualidade de vida, por exemplo: “eu mereço tudo de ruim que me acontece” ou “sempre faço tudo errado”. Por meio das sessões de terapia e de exercícios recomendados pelo profissional, será possível modificar esses pensamentos e entender de que forma eles podem ser combatidos. É a terapia mais indicada para quem tem um problema pontual, urgente ou de emergência, como dificuldade de autoestima ou de socialização, bem como sintomas de depressão, entre outros. Entre 20 e 30 sessões será possível notas melhoras em relação ao problema.
Terapia analítico-comportamental
É uma das terapias mais recomendadas para quem tem problemas de comportamento, especialmente para casos de urgência e emergência. Problemas como transtorno de ansiedade generalizado (TAG), síndrome do pânico, depressão, fobia social, dificuldade de aprendizagem e dependência química são alguns dos que apresentam melhores resultados com esse tipo de terapia, justamente porque o foco dela é abordar o comportamento do paciente, suas relações com o ambiente e consigo mesmo. O principal trabalho dela é em função de estimular reforços positivos que ajudem a mudar comportamentos autodestrutivos e prejudiciais à qualidade de vida.
Psicanálise
Na psicanálise, terapia criada por Sigmund Freud, o método é bastante diferente da TCC. Em vez dos exercícios propostos pelo terapeuta cognitivo-comportamental e das intervenções que ele faz nas sessões de terapia, o psicanalista deixa que o paciente fale livremente, fazendo apenas conexões pontuais entre o que foi dito pelo paciente anteriormente e o que é dito no presente, com o objetivo de estimular o próprio paciente a se entender e a modificar aquilo que acredita que pode ser melhorado em sua vida. A TCC é uma terapia mais recomendada para problemas pontuais, enquanto a psicanálise é indicada para aqueles que queiram conhecer suas camadas mais profundamente ou para quem tem problemas crônicos ou de origem muito enraizada.
Fenomenologia existencial
Também recomendada para pessoas que queiram se aprofundar em um processo de autoconhecimento e não estejam lidando com questões tão urgentes ou de emergência, a fenomenologia existencial tem boa parte de suas origens na filosofia, então é uma terapia que entende cada ser humano como um indivíduo único e singular, mas ao mesmo tempo compartilhador do ambiente e do mundo com outros. É um tipo de terapia que não acredita no funcionamento de fórmulas, já que cada pessoa é singular. É indicada para quem deseja falar sobre questões existenciais, profundas e limitantes, como medos, ansiedades e angústias.
Terapia lacaniana
Tem algumas semelhanças com a terapia psicanalítica, mas o terapeuta faz mais intervenções e está sempre bastante atento para os detalhes do discurso do paciente, bem como para as piadas, os esquecimentos, os atos falhos e cada pequena minúcia do que é dito. Sonhos são bastante importantes para os terapeutas que trabalham com essa abordagem, pois eles acreditam que é onde está a compreensão para os problemas, especialmente os mais profundos. Não é um tipo de terapia indicado para quem deseja abordar problemas mais urgentes, porque tem como objetivo trabalhar as questões mais profundas da personalidade e das experiências passadas.
Terapia jungiana
A psicologia desenvolvida por Carl Gustav Jung, a qual é aplicada pelos terapeutas que seguem sua abordagem, normalmente envolve sonhos. É por meio das ocorrências oníricas que o profissional vai auxiliar o paciente a encontrar soluções para os seus problemas e respostas para as questões que o incomodam. Há outras técnicas sugeridas pelo terapeuta, como desenhos e exercícios com miniaturas e caixa de areia, para que seja possível visualizar os cenários dos sonhos e dos pensamentos. Nesse tipo de terapia, quem conduz a conversa é o profissional, que faz com que o diálogo da sessão gire em torno dos problemas relatados pelo paciente. É recomendada para aqueles que querem entender questões profundas a respeito de si mesmos.
Terapia cognitivo-construtivista
São três os públicos-alvo principais desse tipo de abordagem: pessoas que tenham sofrido danos e/ou lesões cerebrais, pacientes com doenças degenerativas e aqueles que estejam procurando mais foco, concentração e outros tipos de “melhoria” para o cérebro, como pessoas que estejam se preparando para cursos, concursos e vestibulares. Esses são os principais pacientes desse tipo de profissional porque o foco dessa terapia não está apenas nas questões emocionais e psicológicas, mas também na saúde física, já que ela considera o papel do sistema nervoso central em todas as questões que, à primeira vista, são puramente psicológicas.
Gestalt-terapia
O terapeuta gestaltista presta atenção no diálogo com o paciente, é claro, mas também se mantém atento a todo o entorno, por exemplo: como é a relação dele com os amigos, com a família e com o trabalho, bem como quais posturas ele adota em meio a esses ambientes e pessoas. Além disso, esse tipo de profissional se mantém sempre atento aos movimentos corporais, à postura, aos gestos, ao tom de voz e às expressões faciais do paciente, porque acredita que, muitas vezes, o que é dito está além das palavras. É uma terapia que, apesar de tocar em questões relacionadas ao passado e ao futuro, é claro, tem o presente como foco. É uma terapia recomendada para aqueles que estão encontrando dificuldades com o momento presente e com as situações atuais da vida.
EMDR
Terapia recomendada especialmente para pessoas que tenham passado por eventos traumáticos e sentem dificuldade de lidar com eles e até mesmo de falar sobre essas situações. Estimulado pelo terapeuta, o paciente simula os movimentos dos olhos que acontecem durante a fase REM do sono. Segundo aqueles que acreditam na eficácia dessa terapia, esse movimento faz com que o cérebro reconstrua o “caminho” das memórias ruins e dos acontecimentos traumáticos, ajudando a pessoa a lidar melhor com eles e eventualmente superá-los.
Psicodrama
Normalmente realizada em grupo, estimula os pacientes a interpretarem e a encenarem as situações incômodas e os problemas. Após essas performances, o grupo, estimulado pelo profissional, discute as situações apresentadas e expõe os sentimentos do processo. Aqueles que defendem essa abordagem relatam que externar as emoções faz com que seja mais fácil notar sua existência e de que forma elas nos afetam e exercem poder sobre nós. Apesar de assustar pessoas mais tímidas, o psicodrama permite que pessoas participem somente como ouvintes ou tomem parte somente nas discussões, deixando a parte da encenação um pouco de lado.
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Terapias holísticas
Independentemente de sua intenção ao buscar uma terapia, o recomendado é procurar um psicólogo sem ter em conta sua abordagem. Depois de iniciada a terapia, discuta com ele a possibilidade de buscar o auxílio de uma terapia holística. Não negligencie a necessidade de uma terapia, substituindo-a somente por uma terapia holística. Transtornos psicológicos não são problemas espirituais e, portanto, não podem ser tratados por práticas espirituais. Trate as terapias holísticas como terapias alternativas para o seu tratamento. Posto isso, confira algumas terapias alternativas:
• Aromaterapia: Faz uso de óleos essenciais para promover ou combater sentimentos, emoções e pensamentos;
• Arteterapia: Usando pinturas, colagens, desenho, poesia, escrita, música, entre outros, o terapeuta usa a arte para o tratamento;
• Ayurveda: Utiliza métodos da técnica de medicina milenar indiana;
• Cromoterapia: Por meio da manipulação de cores e de luzes, promove o tratamento psicoterapêutico;
• Hipnoterapia: O terapeuta utiliza a hipnose para tratar os pacientes;
• Fitoterapia: O profissional utiliza plantas, ervas e outros métodos naturais para fazer o tratamento;
• Quiropraxia: Por meio de ajustes do sistema neuromusculoesquelético, o profissional pode tratar problemas no sistema nervoso, na saúde e na mente;
• Yoga: Conjunto de técnicas associadas à meditação que ajudam a controlar o corpo e a mente.
E aí, qual abordagem da psicologia mais combina com as suas demandas nesse momento? Qual delas pode ajudá-lo a lidar de maneira mais efetiva com os seus problemas? Se você não conseguiu se decidir, procure um profissional, agende uma sessão e dê os primeiros passos rumo à sua melhora! Se essa terapia não funcionar para você, sempre é possível começar outra, com outro profissional e outra abordagem. Vá em busca de se conhecer!
