Por que falhei ao abandonar a promessa do “felizes para sempre”?
É difícil lidar com o sentimento de incapacidade de manter um relacionamento com o status feliz.
Quando se resolve romper um ciclo e iniciar outro, não significa que deixaremos de lado a frustração de não ter conseguido permanecer na relação a dois. Falhamos como par, falhamos como pessoas e, por fim, falhamos conosco.
É quase incompreensível olhar a história que foi deixada de lado e começar novamente.
Chorar, sentir-se só e a sensação de estar perdida são alguns dos sentimentos que passam pela minha mente e pelo meu corpo, que sente isso de maneira real. Literalmente adoecemos, física e psicologicamente.
Mas eu não sou a única que passei ou passa por isso, muitos dos leitores, a esta hora, estão lendo e vivenciando o que estou descrevendo, e isso me conforta, me faz acreditar que não estou tão sozinha assim e que, no mínimo, uma hora vai passar.
Procurar um hobby, velhos e verdadeiros amigos, um passatempo ou uma boa leitura são algumas das soluções temporárias que podem ajudar. Com o tempo, tudo vai se acomodando e o coração vai seguindo com seu “remendo”, capenga ainda, é fato, mas ensaiando um recomeço.
Olhar a vida novamente e tentar acreditar no amor é uma tendência natural do ser humano, mas é preciso ter coragem para a entrega. O medo de machucar o que ainda está em tratamento com remendinhos não é tarefa fácil, mas é possível, faz parte da natureza e do ciclo da vida.
Passear pelo parque, andar de mãos dadas, assistir a um filme, deixar rolar uma briga para depois fazer as pazes… são programas desejados quando estamos nos curando.
Enquanto isso, é importante acreditar, de verdade, na capacidade da reconstrução e de acreditar em si mesma, sabendo que é possível prosseguir por um tempo sozinha, amando-se e respeitando o próprio limite.
Ninguém nasceu para ser sozinho, a solidão mata, adoece…mesmo que seja uma plantinha ou um animalzinho de estimação, há que se ter uma companhia.
É preciso acreditar no amor, seja ele breve ou tardio, já dizia o ditado que um amor se cura com outro, acho que o poeta que escreveu isso tinha toda razão. O poeta só esqueceu de dizer que ao se permitir um novo amor, você está totalmente vulnerável novamente, vulnerável ao amor, a amar.
Eu acredito no sol, no arco-íris e no desabrochar das flores numa manhã de primavera, em que se olha para o céu límpido e azul e se respira esperança.
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Eu acredito que o amor merece uma nova chance, mesmo que ele seja para si mesmo, é preciso seguir. Eu sempre termino meus textos com essa palavra e ela nunca foi tão sincera e necessária:
“Sigamos!”