Em um dos seus vídeos, Byron Katie, criadora do método “The Work” e autora do livro “Ame a Realidade”, descreve da seguinte forma a maneira como muitas vezes nos relacionamos: “está ali um ser humano, ele faz alguma coisa, você põe um post-it nele para se lembrar. Daí você o encontra no dia seguinte, e pensa: “hmmm… eu sei quem é esta pessoa! Tem alguma coisa sobre ela que eu não gosto!”.
Em outras palavras, nós colocamos uma etiqueta na relação ou no parceiro (ou em qualquer outra relação), e dali em diante não importa o que aquela pessoa faça pra evoluir, pra nos agradar, pra melhorar a relação, não vai importar.
É certo que parte da evolução se dá justamente porque não começamos o dia do zero: nos lembramos das nossas fraquezas, dos nossos erros, (e principalmente, dos dos outros!). Aliás isto é parte importante da nossa segurança: por se lembrar que você tropeçou no obstáculo ontem é que você não vai cair no buraco hoje.
Você também pode gostar
- Entenda seus relacionamentos através da Leitura de Aura
- Ativação quântica para atrair relacionamentos felizes
- Saiba o que aprender com o fim de relacionamentos longos
Mas e se mudarmos o nosso ponto de vista “só por hoje”? E se, todas as manhãs, olhássemos aquela pessoa como uma folha em branco? “Só por hoje vou dar uma chance desta pessoa me mostrar quem ela é, sem que eu assuma qual será sua intenção, sua reação ou seu próximo passo”.
Comecei a fazer este teste em casa. Pensei: “e se eu mudasse o rótulo que pus no meu marido? E se ao invés de achar (e repetir para todo mundo!) que eu vivo com um x (nomeie: desorganizado, desligado, abusador, qualquer etiqueta que você venha usando), começar a pensar que ele é o melhor marido do mundo?”
Cheguei à conclusão que, se eu realmente acredito que meu pensamento cria minha realidade, o resultado deste experimento seria que ou eu passaria a dar a ele a chance de me mostrar que ele é (ou pode ser) o marido perfeito, ou eu iria atrair uma relação em que a pessoa fosse isto. E o que aconteceu foi que as coisas mudaram muito aqui em casa!
Lembra do exercício do Dr. Amir Stood, onde ele ensinava a doar três minutos de atenção plena à pessoa amada, ao chegar em casa, e tentar não mudar ninguém e não julgar durante este tempo? E, se fizermos isto ao acordar? Olhar para aquela pessoa de manhã e vê-la como uma pessoa nova.
Aliás tenho uma teoria de que muitas pessoas comprometidas acabam se apaixonando por outras exatamente por isto: elas querem alguém que as veja como elas se vêem, com os sonhos que elas têm, e não alguém que, quando elas dizem: “queria muito aprender a mergulhar”, responda: “nós dois sabemos que você vai morrer sem fazer isto”.
Ninguém gosta de ser etiquetado. Então, vamos tentar?