Comportamento Convivendo Reflexões do editor

Que mundo é esse?

Conceito de redes sociais; notificações.
Vladimir Sukhachev / Getty Images / Canva Pro
Escrito por Luis Lemos

As redes sociais revolucionaram a comunicação, mas também fragmentaram as nossas relações pessoais. Atualmente, se discute o quão é essencial encontrar o equilíbrio entre a tecnologia e as interações reais para evitar a alienação e priorizar as conexões significativas. Reflita mais sobre o assunto com o texto do professor, Luís Lemos.

Estamos passando por momentos difíceis. Nunca na história da humanidade o ser humano passou por tantos problemas, principalmente no campo da comunicação pessoal.

Neste aspecto, o mundo tornou-se pequeno. Com o avanço das tecnologias, podemos falar com quem quisermos e a hora que quisermos, com qualquer pessoa e em qualquer parte do mundo.

No entanto, o maior problema é que não conversamos mais com quem está do nosso lado. A presença do outro se tornou insuportável. É melhor ter um amigo distante do que presente. Que contradição!

Hoje não se conversa mais! Muitas pessoas vivem debaixo do mesmo teto, mas não se falam. Preferem viver com os olhos grudados na tela do celular. As redes sociais tornaram-se o refúgio de muitas pessoas. Nelas, as pessoas passam a maior parte do seu tempo.

Para as pessoas que vivem grudadas no celular, quando se dão conta, o tempo já passou. O dia amanheceu ou a noite já chegou. Tenho observado que a maioria das pessoas que reclama de falta de tempo são as que vivem com o celular na mão, conectadas nas redes sociais. É engraçado que essas pessoas afirmam nunca ter tempo para nada!

Grupo de pessoas, sentadas em uma mesa, usando seus celulares.
Radulovic’s Images / Canva Pro

Dia desses, em sala de aula, um aluno me perguntou como era a minha relação com o celular. Eu lhe respondi que tenho uma relação saudável. Que sou eu que uso as redes sociais e não elas que me usam. “Ué, como assim, professor?”, me perguntou o aluno admirado. E eu lhe respondi. Tenho horário predeterminado para o uso do celular.

Como eu sou professor, eu não posso ficar olhando o celular em sala de aula. Se eu faço isso, que exemplo eu estou dando para o meu aluno? De manhã, quando eu saio de casa, eu olho o celular, respondo às mensagens e vou para o trabalho. Meio-dia, quando eu chego em casa para o almoço, eu olho novamente o celular. E à noite, quando eu chego do trabalho, eu costumo ficar um pouco mais no celular, principalmente nas redes sociais, para responder mensagens, falar com os amigos.

Sou defensor da ideia de que tudo o que existe e foi criado pelo ser humano precisa ser usado com cuidado e moderação. Não podemos ser alienados quanto a isto. Tudo tem os dois lados. O lado bom e o lado ruim. É assim a vida, são assim as coisas. As novas tecnologias estão aí para facilitar e muito a nossa vida.

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Por fim, como foi escrito no parágrafo anterior, o maior problema do ser humano é a forma como ele vem usando as coisas. Muitas coisas estão à nossa disposição. São ferramentas e mais ferramentas. Coisas extraordinárias. A única coisa que precisamos fazer é saber usá-las!

Sobre o autor

Luis Lemos

Luís Lemos é filósofo, professor, autor, entre outras obras, de “Jesus e Ajuricaba na Terra das Amazonas – Histórias do Universo Amazônico” e “Filhos da Quarentena – A esperança de viver novamente”.

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