Quais são seus melhores remédios?
Os meus são: natureza, música, dança e arte!
Não há mau humor, irritação, desânimo, cansaço, desesperança, falta de horizonte, crises existenciais, problemas reais, doença, dores, desamores… Enfim, a lista de dissabores e doenças pode ser imensa, mas nada resiste ao belo da natureza, da música, da dança e da arte, pelo menos para mim!
Você já sabe quais coisas te alimentam, te curam e te levam embora de qualquer lugar ruim? Se sim, em qual dosagem você faz uso? Se ainda não sabe ou nunca pensou que existem remédios desse tipo, que têm esse poder avassalador, pois fica a dica: descubra, use e abuse!
Normalmente, são coisas simples, de fácil acesso e que justamente por isso não são valorizadas. São coringas que temos na manga, mas como aprendemos que é preciso sofrer, cá estamos eternos sofredores.
Desconstrua esse princípio, tire suas cartas da manga e permita-se momentos frequentes de estar bem! Descortine o belo que há em seu dia a dia e perceba sua força atuando em seu corpo e pensamentos.
Certa vez eu precisei ficar uns dias isolada em um quarto de chumbo para terminar um tratamento difícil e me lembro que no terceiro dia de internação, quando a médica pôde entrar no quarto, lá estava eu cantando e sorrindo ao som de Bethânia.
Ela de longe, porque não podia se aproximar, perguntou como eu estava e estranhou a minha cantoria e sorriso. Afinal, radioterapia não é legal. De fato, não é mesmo! E é claro que eu passei por momentos chatos, mas me lembro de ter aproveitado muitas horas desses dias de isolamento para ver e ouvir os meus remédios ao invés de somente me acamar e adoecer mais.
Este texto será assim, curto, porque acho que remédio precisa ser assim, em doses homeopáticas, porém frequentes! E quero encerrá-lo mostrando o remédio que me fez querer escrevê-lo:
A Idade do Céu – Paulinho Moska
Não somos mais
Que uma gota de luz
Uma estrela que cai
Uma fagulha tão só
Na idade do céu
Não somos o
Que queríamos ser
Somos um breve pulsar
Em um silêncio antigo
Com a idade do céu
Calma!
Tudo está em calma
Deixe que o beijo dure
Deixe que o tempo cure
Deixe que a alma
Tenha a mesma idade
Que a idade do céu
Não somos mais
Que um punhado de mar
Uma piada de Deus
Um capricho do sol
No jardim do céu
Não damos pé
Entre tanto tic-tac
Entre tanto Big Bang
Somos um grão de sal
No mar do céu
Calma!
Tudo está em calma
Deixe que o beijo dure
Deixe que o tempo cure
Deixe que a alma
Tenha a mesma idade
Que a idade do céu
A mesma idade
Que a idade do céu
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