Autoconhecimento

Quem ama não adoece

Médica em consultório usando um jaleco branco e um estetoscópio segurando um coração nas mãos.
Escrito por Ana Cerqueira

Olá, amigos, muito bom estar com vocês aqui novamente. Desejo que a cada texto, que a cada novo post eu possa de alguma forma tocar o coração de cada um de vocês para que sintam e aprendam o valor do autoamor e do amor ao próximo.

Hoje falo um pouco baseada no livro do Dr. Marco Aurélio “Quem ama não adoece”. Não vou entrar no detalhe do livro, que super indico para todos vocês, mas sim na mensagem que ele passa.

O tema do livro traz muitas reflexões, mas você pode pensar: “como assim quem ama não adoece? Eu amo e vivo doente, eu amo e tive dermatite, eu amo e tive síndrome do pânico”. Pois é, você não estava se amando quando adquiriu estas doenças. Não vou tirar aqui a importância da genética nesses casos, mas gostaria que vocês pensassem que mesmo com o fator genética, algumas pessoas desenvolvem certas doenças e outras não.

O fato é, quando a gente se ama e ama o nosso próximo, nosso corpo fica em equilíbrio, todos os nossos órgãos ficam em perfeita harmonia e conexão. Dessa forma, não ficamos doentes. A doença nada mais é do que um desequilíbrio interno.

Médica com jaleco em fundo azul segurando um coração vermelho.

E como resolver isso? 

Em primeiro lugar, aceitando as nossas imperfeições, abraçando as nossas sombras, deixando de colocar a culpa nos outros por tudo que nos acontece e assumindo as rédeas das nossas vidas. Uma dor de cabeça pode ser algo que não queremos pensar, uma dor no estômago pode ser algo que não digerimos direito, uma diarreia ou vômito pode ser uma forma de colocar para fora o que as palavras não fizeram. Tudo é uma coisa só, não dá para separar nosso corpo da nossa mente. Quando a mente não está bem, o corpo avisa. E o corpo é um maravilhoso equipamento que nos mostra que algo não está bem.

Quando agimos fazendo as coisas para agradar os outros, mesmo que não seja o que a gente queria fazer, deixamos de nos amar. Quando continuamos em relações doentias e sofridas por medo de ficarmos sozinhos, deixamos de nos amar. Quando julgamos o outro pelas escolhas que ele fez, também deixamos de nos amar, porque quando eu julgo, eu falo mais de mim do que do outro. Quando agimos com agressividade e impulsividade, deixamos de nos amar. Quando as palavras se calam, deixamos de nos amar. Quando aceitamos tudo, deixamos de nos amar. E a lista aqui poderia ir longe….

Precisamos falar. E precisamos falar da melhor forma, nos respeitando e respeitando quem está envolvido no problema. Muitas vezes a dor de falar é muito grande, a dor de agir é muito grande, e a dor de ficar também. E nessas horas a terapia ajuda muito. Na terapia a gente pode falar tudo, sem julgamento, coisas que nunca teríamos coragem de contar para ninguém, assumindo as nossas imperfeiçoes e as transformando em luz no nosso caminho.

Close nas mãos de um homem segurado um coração vermelho

Tudo que fica guardado vai sair de alguma forma.

Em algumas pessoas, a dor interna sai pelo corpo (dermatite, câncer, psoríase, etc.), em outras sai pelo sistema nervoso (nervos), e em outras sai através da mente (fobias, pânico, T.O.C, etc.), mas sai. Tem que sair, para que a gente não morra. A doença é um sinal, aprenda a entender o que ela quer te mostrar. Uma cegueira pode ser algo que está acontecendo e não queremos ver, uma dor nas costas pode significar que estamos carregando muitos pesos na vida, problemas no joelho podem significar que em algum momento não estamos sendo humildes. E isso não é regra geral, mas cada pessoa tem sua característica, e quando aprende a se conhecer melhor, pode se libertar da doença.

Não deixe passar o que te incomodou, fale o que pensa, fale o que sente, converse. A palavra é libertadora se usada de forma racional. Respeite-se sempre colocando para fora o que não te fez bem, mas lembre-se de respeitar quem vai receber estas palavras. Muitas vezes o que falamos para o outro fala muito mais sobre a gente, e quando entendemos isso, as coisas ficam mais leves e passamos a julgar menos.

Conheça seu corpo, converse com ele, entenda porque está passando por alguma doença, pergunte, esteja aberto a ouvir e se conecte com ele. Ame-se mais, selecione as pessoas e os lugares que frequenta, selecione o que assiste e o que lê, preserve-se. Ame mais o seu próximo, compreenda que cada um dá o que pode, e que as pessoas nunca serão como você gostaria que elas fossem e nunca te amarão como você gostaria que elas o amassem, porque elas não são você. Ame e não espere retorno, escolha ser feliz e escolha ser saudável.

Um grande beijo no coração e até a próxima!


Você também pode gostar de outro artigo deste autor. Acesse: Não é fácil ser pai

Sobre o autor

Ana Cerqueira

Sou Psicanalista Clínico, com especialização em Métodos de Acesso Direto ao Inconsciente. Tenho graduação em Publicidade e pós-graduação em Comunicação Digital. Sou Autora do Blog “Amor pela Psicanálise”.

E-mail: anacpsicanalista@gmail.com | anafecap@gmail.com
Facebook: Amor pela Psicanálise
Instagram: @amorpelapsicanalise
Site: Blog Amor pela Psicanálise