Existem músicas e músicas. Algumas contem verdades universais que ajudam as pessoas a se desenvolverem. Outras, como “deixa a vida me levar, vida leva eu” fazem um desserviço. Sim, às vezes precisamos entrar no fluxo da vida e entender que precisamos esperar, mas, na maioria das vezes, isso não é verdade.
Estou passando por (mais) uma grande mudança e sei o que precisei fazer para chegar até aqui. Horas e horas de trabalho duro. Não, não estou falando do trabalho que faço em horário comercial (mais ou menos, né), não. Não estou falando das horas de conteúdos, textos, palestras, cursos e, principalmente, atendimentos de tarots e mentoria. Estou falando de outro tipo de trabalho muito, muito mais trabalhoso.
Um dia, num treinamento, depois de ter passado por várias vivências, eu entendi: ah, o trabalho para conquistar qualquer coisa é primordialmente interno. Legal! Uma fichona caiu. Não, não adianta só gastar todo o seu tempo em mais horas extras ou sacrificar fins de semana. Entendo, eu faço isso às vezes. Mas o que estou falando é sobre te pegar pela camisa, te empurrar para dentro de um quarto e ficar ali, frente a frente com você mesma.
No meu caso, eu levo minhas cartas de tarot como aliadas, como uma ferramenta para entender os “por quês”. Por que não estou prosperando? Por que ainda estou doente? Por que tive mais uma decepção amorosa? E, principalmente, o que eu fiz para contribuir para tudo isso.
E a resposta sempre veio. Não em forma de borboletas, mas sim de choro, muito choro. Voltas e mais voltas ao passado e processos verdadeiramente catárticos que poucos tem coragem de entrar. Ontem, por exemplo, decidi perguntar para o meu oráculo das deusas: como posso melhorar os sintomas do meu climatério? Eu estava sangrando há um mês, depois de tentar um tipo de terapêutica e parecia que não ia parar nunca. Tirei três cartas a saber:
Minerva me contou que estava presa a crenças. Possivelmente crenças sobre o que iria acontecer num outro assunto, nada a ver com os sintomas. A segunda carta me trouxe a maior das percepções: Blodeuweed – traição. Fiz o exercício e, em determinado momento, ela me falou “você está sangrando da dor de um corte que você fez na sua alma”, trazendo novamente o tal primeiro assunto à tona. Ali, naquele momento, soltei um grito agudo de dor profunda (ainda bem que expliquei para o marido que isso é normal).
Uma dor dilacerante que, possivelmente se não fosse vista, ficaria lá para sempre. Hoje, quando acordei, tinha realmente parado de sangrar. A terceira carta trouxe a percepção de Lakshimi — abundância. Minha fertilidade ainda existe e eu estou chorando por uma coisa que nem foi embora. E nunca vai. Se não produzir filhos, produzo riquezas como todo o conteúdo que eu passo para as minhas deusas.
É sobre isso. Sobre nossos processos internos. Somos seres totalmente conectados a uma natureza superior e é essa inteligência que nos conta tudo sobre nós mesmas. Onde estão as curas, as dores, os porquês. Sim, é tentador dizer que isso são só hormônios e, como me sugeriu fortemente uma médica, tirar seu útero (mesmo saudável) acabaria com os sintomas.
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As pessoas, a sociedade narcisista e que não confia no fluxo do feminino, nos leva para esse fundo de poço dos remédios e cirurgias. Mas a alma, essa alma só nós mesmas podemos curar. Dia após dia, com toda a paciência e autoamor do mundo.