QUANDO AGUINALDO SILVA, PAULO DEBÉLIO E PAULINHO REZENDE ENTENDERAM O QUE TEM DENTRO DE UMA MULHER… E ETERNIZARAM RECOMEÇOS!
Que venha essa nova mulher de dentro de mim
Com olhos felinos, felizes e mãos de cetim
E venha sem medo das sombras
Que rondam o meu coração
E ponha nos sonhos dos homens
A sede voraz da paixão
Que venha de dentro de mim ou de onde vier
Com toda malícia e segredos que eu não souber
Que tenha o cio das onças
E lute com todas as forças
Conquiste o direito de ser
Uma nova mulher
Livre, livre, livre para o amor
Quero ser assim, quero ser assim
Senhora das minhas vontades e dona de mim
Livre, livre, livre para o amor
Quero ser assim, quero ser assim
Senhora das minhas vontades e dona de mim
Que venha de dentro de mim ou de onde vier
Com toda malícia e segredos que eu não souber
Que tenha o cio das onças
E lute com todas as forças
Conquiste o direito de ser
Uma nova mulher
Livre, livre, livre para o amor
Quero ser assim, quero ser assim
Senhora das minhas vontades e dona de mim
Livre, livre, livre para o amor
Quero ser assim, quero ser assim
Senhora das minhas vontades e dona de mim
Que venha essa nova mulher de dentro de mim
Que venha de dentro de mim ou de onde vier
Que venha essa nova mulher de dentro de mim
Uma Nova Mulher
(composição de Paulo Debélio e Paulinho Rezende)
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Estes versos: “Que venha de dentro de mim, de onde vier” marcaram a história da teledramaturgia brasileira na “magicalização” (sei… essa palavra não existe, mas gostei dela…) da personagem chamada Tonha, vivida pela magnífica Yoná Magalhães (1935-2015), na novela “Tieta do Agreste”, de Aguinaldo Silva, levada ao ar pela TV Globo entre agosto de 1989 e março de 1990. Na novela, a personagem, depois de anos de intenso sofrimento nas mãos de um marido retrógrado, que sempre a reprimia, a ponto de fazê-la ingerir sopa de capim, se libertava e voltava a Santana do Agreste, cidade que era cenário do folhetim, totalmente repaginada por sua, digamos, mentora, personagem vivida por Beth Farias. No instante da sua chegada, a personagem sai de dentro do carro que a trazia de volta, vestes ao vento e ao fundo a voz de Simone, cantora de primeira linha da MPB das últimas décadas. A música tingia de magia e cores o significado do recomeço de Tonha, a nova mulher. Foi um fenômeno, comentários iridescentes por todos os cantos, pela belíssima plasticidade das cenas e pela repercussão no mais profundo de todas as mulheres de então.
Tonha foi o emblema do recomeço e, se ficou na memória das pessoas, como espero, se deveu a uma permissão quase pedagógica para a opção de recomeçar, re-recomeçar, re-re-recomeçar todas e tantas vezes até sabe-se lá quando e por quantas vezes, mas recomeçar é direito, obrigação e a única e definitiva chance de construir caminhos em busca da felicidade.
Recomendo que você, caro(a) leitor(a), ouça essa música atentamente sempre que estiver sentindo vacilações nos seus vulcões internos que lhes trazem as erupções transformadoras que governam a sua vida.