A dependência no uso de medicamentos têm se tornado uma realidade, seja no tratamento crônico de doenças, como na diabetes, ou no rompimento de sintomas agudos, como na dor de cabeça. Isso nos leva a crer que os fármacos possam ser utilizados, em alguns casos, como método rápido para resolução de problemas, sem intuito de investigação do problema em si. O que isso significa?
Vamos pensar sobre a insônia, muito comum hoje em dia. Resolvemos o problema da ausência de sono logo de cara com comprimidos revestidos que rapidamente cumprem o que prometem, sem antes compreender o motivo pelo qual nossas mentes não se desligam dos problemas diários. Nesse caso, desconsideramos a prática de atividades físicas, os benefícios da meditação ou a ingestão de alimentos saudáveis.
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Por mais resolutivo e benéfico que possa parecer, os medicamentos agem na modificação biológica, ou seja, no desequilíbrio para causar equilíbrio, e vice-versa. Além disso, têm efeitos adversos, interações com outros medicamentos/nutrientes e possui características não uniformes, ou seja, atuam de modos diversos em pessoas de diferentes localizações e culturas.
Hipócrates, filósofo e considerado pai da medicina citou: “Antes de curar alguém, pergunta-lhe se está disposto a desistir das coisas que o fizeram adoecer”. É de se imaginar que em um cenário onde 79% das pessoas acima de 16 anos fazem uso de medicamentos sem indicação profissional esse pensamento fora esquecido (ICTQ, 2018).
A ideia central não é que imaginemos os medicamentos como inimigos -jamais serão-, mas como substâncias para aplicação em situações realmente necessárias, onde todos os meios para decifrar nossos problemas já tenham sido experimentados anteriormente.
Por isso, há grande necessidade que os profissionais da saúde estejam atualizados e em conformidade com princípios éticos que poupem os enfermos de armadilhas geradas pelo marketing industrial no setor farmacêutico.
Fonte: ICTQ