O Dia do Refugiado foi estabelecido no dia 20 do mês de junho de cada ano, a ser livremente comemorado em cada país conforme a legislação local, pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur). Pouquíssimas pessoas têm noção da existência da comemoração, pois ainda temos muito o que aprender e evoluir quanto à maneira que lidamos com as nossas diferenças. Basicamente, parece que ainda não entendemos completamente que se alguém está em situação de dificuldade por causa de uma complicação de conflito, guerra, violência de qualquer forma ou mesmo de uma situação política que gera pobreza e precariedade, nós, como seres humanos, temos o dever moral e humano de ajudar. O apelo altruísta já deveria bastar, mas como não é suficiente para convencer a maioria da população precisamos buscar evidências de melhorias econômicas que podemos trazer ao país por meio da inserção de refugiados na sociedade para fundamentar a importância da melhoria de políticas públicas com o tema.
Antes de mais nada se faz necessário o entendimento de quem são os refugiados: “Refugiado é uma pessoa que sai de seu país por causa de fundados temores de perseguição por motivos de raça, religião, nacionalidade, grupo social ou opiniões políticas, em situações nas quais não possa ou não queira regressar”.
A maior parte dos refugiados tem origem nos países da África ou do Oriente Médio. Metade do fluxo anual de refugiados são sírios, que deixam o país devido à guerra civil que os assola desde 2011. Eles só buscam ajuda em outros países porque realmente necessitam de direitos básicos que simplesmente não existem mais onde moram. As pessoas não se alimentam como devem, muitos não têm acesso à água potável, a grande maioria das crianças não vai à escola e vive em situação de pobreza.
No caso do Brasil, vieram 50 mil venezuelanos até abril de 2018, segundo relatório de julho da Organização Internacional para Migrações (OIM), mas se você acredita que no caso os venezuelanos não se incorporam à definição de refugiados por não estarem em situação de guerra, saiba que “a Acnur (agência da ONU para refugiados) já incorpora na definição de refugiados as vítimas de uma crise humanitária, com fome generalizada e ausência de acesso a medicamentos e serviços básicos, que é o caso de muitos venezuelanos”.
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Precisamos desenvolver muito mais o nosso altruísmo e a maneira como lidamos com a chamada xenofobia. O país em que moramos construiu seu alicerce com influências de imigrantes. Diversos povos fundamentaram a maneira como nos comportamos, a música que ouvimos e a comida que comemos. Portanto, precisamos pensar no enriquecimento cultural, social e econômico que o nosso país pode ter com o recebimento devido de refugiados, e proteger e lutar pelos direitos deles o melhor que pudermos.
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