É cada vez mais alto o número de refugiados que deixam os seus países e migram para outros em busca de uma melhor condição de vida. Em quatro anos, somente no Brasil o número de refugiados aumentou 70% de acordo com o Comitê Nacional para os Refugiados (Conare).
Mas as condições e números altos de refugiados mortos encontram-se em alerta em diversas regiões da África, que buscam nos países europeus chances para continuar uma vida digna, o que em seus países não tiveram.
Mesmo que o destino seja algum país da Europa, os sonhos acabam ficando em meio aos confrontos. Um relatório da ONU, divulgado recentemente, anunciou que entre os dez países que mais abrigam o número de refugiados no mundo, não há um país europeu. Os países onde os refugiados encontram seu espaço são os seguintes: Turquia, seguida de Paquistão e Líbano. Na lista constam ainda Irã, Etiópia, Jordânia, Quênia, Uganda e Chade.
Sonhos e vida melhor
Se descolonizar do seu país, do seu lugar de origem, deixar para trás familiares, casas e amigos, talvez seja uma das atitudes mais difíceis que se possa tomar. Aconteceu com muitos imigrantes quando vieram ao Brasil, os italianos, alemães e japoneses, entre outros.
Hoje, os senegaleses e haitianos fazem o mesmo caminho.
Se de fato encontram um país mais caloroso que o seu, que bom. Mas esta árdua escolha dói. Abandonar um país é dizer adeus à última esperança que restava em continuar lá. Esse trajeto que é feito de barco, muitas vezes em condições precárias, onde muitos acabam falecendo, ou outras vezes a pé, e quando quase chegam a seus destinos são expulsos, confrontados e muitas vezes mortos. Logo, o que mais prezavam como a dignidade humana também se foi.
Atuação dos Médicos sem Fronteiras
Neste sentido, a atuação da organização Médicos Sem Fronteiras deixa uma esperança e dá a força aos refugiados que tanto precisam, quando estão em condições precárias. A corporação oferece assistência psicológica e tratamento nutricional vital. Eles dão acesso a hospital, garantem água potável, bem como assistência de alimentos, abrigos e cuidados gerais com saúde. Estima-se que 41 milhões de pessoas estão atualmente fugindo de conflitos e perseguições pelo mundo.
Mas o trabalho do Médicos sem Fronteiras é árduo. Não basta apenas querer oferecer assistência e ajuda de profissionais. Em muitas regiões, devido a conflitos armados e violações de direitos humanos, fica muito difícil oferecer um abrigo, justamente por colocar em risco a vida de muitas pessoas.
Deixando o preconceito de lado
Mesmo que essas pessoas passem por tantos problemas desde a sua saída, ainda de acordo com o relatório do ONU, somente em 2014, quase 20 milhões de pessoas tiveram que deixar o país de origem fugindo de guerras civis.
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Passando por dificuldades, os refugiados ainda precisam passar pelo preconceito em relação à fuga. Respeito e compressão são fundamentais para que os refugiados consigam um espaço digno, seja aqui no Brasil ou em outro lugar.
• Artigo escrito por Angélica Weise da Equipe Eu Sem Fronteiras
Créditos das imagens: OlegD e Procyk Radek