Respeito é sentimento pouco usado. No dicionário é pouco explicado, diluído com outros, e até a obediência entra na análise do que seja. Não me convenceu.
Vamos para a etimologia. Gosto! É como visitar as palavras no berçário.
Respeito; a coisa no peito. Tá aí porque gosto. Diz também que é o ato de olhar várias vezes para trás. Ter respeito então seria olhar para o passado da pessoa, para o nosso, sem julgamentos, mas considerando a jornada de cada um.
Se juntássemos tudo, daria uma sopa fantástica – alimento nutritivo a sopa!
Mas, tal como a sopa, o respeito está em desuso. Os jovens não gostam, as crianças engolem, os velhos já não lhe sentem o sabor, alguns nunca experimentaram. A sopa e o respeito.
O respeito é raro; não cresce como erva daninha, e se pisado é destruído.
A tal “coisa no peito” precisa ser acalentada, nutrida, experienciada, sentida…
Mas, como sopa, parece coisa de velhos ranzinzas.
Mas respeito poderia ser a nova religião: respeito à vida – qualquer que seja, respeito às ideias – de quem quer que seja, a nós mesmos – onde tudo nasce pra nós. E essa religião, como todas, exigiria prática, e não em dias determinados. Essa prática se daria até na solidão.
Mas… muitos mas para que o respeito se instale como prática.
Aqui se vive ainda, mesmo depois de Cristo, o “olho por olho” e o “dente por dente”, o “quem pode mais chora menos”, o “quem não chora não mama”.
Estamos ainda no reino biológico.
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No trânsito de automóveis, ele desaparece.
Nos aglomerados humanos, ele se transfigura, assim como as faces humanas.
Pode tudo!
Não há reverência ao Sagrado, à Sabedoria, à Experiência.
Ao mais velho, ao mais novo, ao mais fraco, ao menos favorecido, o respeito não tem espaço.
A tal “coisa no peito” parece cantiga de criança, “era vidro e se quebrou”.