Toda vez que faço retiro e estou na natureza, sinto uma paz incrível, é quase um retorno para casa. Sinto um verdadeiro acolhimento na minha alma.
Um dia ouvi a seguinte explicação: “Nos acalmamos vendo o verde, porque essa é a cor do chacra do coração”. Fez sentido para mim, pois realmente quando estou na natureza, meu coração encontra paz, serenidade, acolhimento. Conectada com Gaia, sinto-me mais forte. Pisando na terra, sinto-me energizada. Alimentando meu corpo com comida saudável e com silêncio, alimento meu ser.
No último feriado de Corpus Christi participei do retiro de yoga e zen-budismo promovido pelo professor Marcos Rojo com a participação da querida e ilustre Monja Coen. Foi um retiro de reencontros com pessoas queridas, numa vibe de simplicidade, afeto, autoconhecimento, risadas e atenção plena.
Praticamos Hatha Yoga duas vezes por dia, ouvimos os ensinamentos do zen-budismo com a Monja Coen, como admiro sua inteligência, conexão com a realidade, senso de justiça e visão de mundo. Ela é muito antenada e entende o espírito do tempo. É uma mulher sábia que sabe que precisa cultivar os pensamentos, as emoções e as atitudes todos os dias. Sem apego e compreendendo a impermanência, assim como ensinou Shakyamuni Buddha. Ficaria horas e horas ouvindo seus aconselhamentos baseados no zen-budismo.
O curioso desse retiro foi compreender que estamos vivendo num tempo de conciliação e de menos sincretismo religioso.
Ficamos hospedados no Centro Teresiano de Espiritualidade, um lugar lindo, sereno, bem cuidado, com um lago maravilhoso, em que fomos recebidos por freis com mente aberta e coração caloroso, da ordem Frades Carmelitas Descalços. Ouvi-los, saber da história do lugar e sentir de verdade a abertura de mente e coração foi incrível. Todos ficamos emocionados. Ouvir a Monja Coen falando dos ensinamentos budistas dentro da capela de Santa Teresinha foi lindo. Sem amarras ou arestas, pessoas de bem, querendo o bem maior, e vivendo o amor incondicional. Sem disputas, sem ameaças, sem medos. Apenas vivendo o amor.
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E a natureza estava coroando com esplendor todos esses aprendizados, pois é dela que aprendemos que não estamos aqui para disputar, e sim para colaborar. A natureza não é competitiva, ela é colaborativa. Um ecossistema saudável é aquele em que todos vivem suas características sem disputas. Um servindo ao outro, um contribuindo para o esplendor do todo e todos juntos elevando-se para viver sua melhor expressão e maior potência.
Ah, voltar para casa com tudo isso no coração não tem preço. Por isso, sinto-me grata por ter escolhido passar o feriado nesse retiro que me trouxe compreensão, conexão e serenidade. Ser feliz é mais do que uma escolha, é um compromisso com a jornada na direção do amor, da gratidão, do perdão e da felicidade. A felicidade não está no fim, ela é o caminho da existência. Que tenhamos olhos para ver, ouvidos para ouvir e coração para amar esta jornada.
Beijos no coração e até o próximo texto.