Habitando esse pequeno planeta perdido na imensidão, de tempos em tempos nos sentimos desgastados pelas pressões constantes de nossas vidas cotidianas. As responsabilidades são muitas, as preocupações constantes e o lazer quase sempre ficam fora do planejamento.
A vida moderna afastou as pessoas do convívio mais saudável e menos estressante do passado. A natureza é conhecida pelas novas gerações por meio de filmes e fotografias; poucos locais ainda oferecem parques para a população. Os poucos espaços verdes que restam estão ameaçados pela ganância e especulação imobiliária, a pretexto do “progresso”. Apenas aqueles que moram mais afastados das grandes metrópoles podem ainda ter contato com a terra e a natureza.
Entrar em contato com a terra nos proporciona diversos benefícios: a ansiedade, a depressão, o estresse e a pressão sanguínea são reduzidas, a respiração melhora (com mais áreas verdes, há menos poluição) e aumenta a possibilidade de prática de atividades ao ar livre, necessária para a boa saúde. A concentração, a imunidade e a memória também são positivamente afetadas.
Nossa energia se restabelece simplesmente ao tocarmos a terra com os pés descalços. E, por meio das conexões nervosas nas plantas dos pés, não só absorvemos energia, mas devolvemos para a terra aquelas que não mais precisamos, contribuindo para um fluxo energético renovador e constante.
A humanidade precisa retomar o caminho mais saudável e natural da qual se afastou. Parece muito difícil, mas até para quem vive na cidade é possível modificar alguns hábitos e levar uma vida um pouco mais “verde”: caminhar mais, frequentar parques sempre que possível, trocar o carro pela bicicleta, cultivar um jardim (mesmo em apartamentos é possível ter uma pequena área com vasos), participar de grupos que pratiquem atividades ao ar livre.
Podemos procurar adotar uma rotina que devolva o sentimento de conexão com o planeta, pois, com isso, você estará também aumentando a conexão com todos os seres que nele habitam, visto que todos fazemos parte de um só organismo vivo. Como toda rotina, essa exige disciplina e empenho, mas os benefícios são tantos que os esforços serão amplamente recompensados.
Uma meditação simples pode ajudar a desenvolver essa conexão com a Terra:
1) Procure um local tranquilo – se puder, em um jardim ou parque. Sente-se, mantendo contato com a terra. Feche os olhos.
2) Torne-se consciente de sua respiração, sem forçá-la. Apenas sinta como o ar sai e entra em seus pulmões.
3) Volte sua atenção para o que acontece ao seu redor: sons, perfumes, calor do Sol, vento na pele… essas sensações despertam a conexão com seu entorno, com a própria respiração e ritmo da Terra.
4) Perceba como sua respiração se torna mais profunda, em sintonia com o planeta. As batidas de seu coração se alinham naturalmente com o coração vivo e pulsante do planeta. Como filhos e filhos da Terra, dela dependemos – e dela cuidamos.
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5) Sinta que do seu corpo, principalmente das plantas dos pés, saem pequenas raízes, que se dirigem ao centro do planeta. De lá, corre a energia telúrica que sobe até seu corpo, preenchendo-o com equilíbrio, vitalidade e disposição.
6) Devolva à Terra um profundo sentimento de gratidão, por tudo que ela generosamente oferece. Permaneça nesse estado de gratidão por quanto tempo achar necessário.
7) Encerre o exercício abrindo os olhos, espreguiçando-se e retomando com tranquilidade seus afazeres.
