Hoje em dia, diante de nosso cotidiano e de questões que nos permeiam, fica muito vazio simplesmente continuarmos a ser quem somos, ou melhor, a ser quem acreditamos que somos. Como eu digo em meu livro: “Um convite à morte, o limite da existência. Como morrer sem desencarnar”, nossos padrões de comportamento não cabem mais à nossa espécie, logo pensamentos como seres superiores a animais ou vegetais também não cabem à nossa real concepção.
A realidade é que o real e o essencial são invisíveis aos olhos. Diante do fato de sermos programados para pensar e agir como o sistema quer, isso nos faz refletir sobre as potencialidades de nosso ser e de nossa história.
Quando, na verdade, o passo que temos que dar é voltar para trás, sobre costumes ancestrais que nos tornam mais vivos de quem realmente somos. Já parou para pensar por que ainda existem tribos que vivem “arcaicos ” ou por que uma vida “selvagem” faz sentido a eles?
Acredito muito na expansão e na evolução a partir do inusitado, do novo, não que um “ser civilizado” tenha que se “tornar um selvagem”, mas, sim, sentir-se parte disso e resgatar esse sim dentro de sua essência, criando um campo com mais harmonia e coerência com quem escolheu viver assim, logo sendo um número a mais, um sim para a natureza e para nossa essência, para quem acredita que eles sejam minorias.
Esses seres vivem sua evolução em seu respeito cotidiano e em comunhão, sendo agentes responsáveis de suas vidas e das vidas ao redor, como rios, oceanos, animais, vegetais.
Como trazer esses seres para nossas vidas sem tirá-los de lá e como viver tudo isso sem abandonar o que construímos, sem abandonar a nossa evolução, a nossa história?
Em relação à sensibilidade de cuidar de sua vida e o ambiente ao seu redor, de encaminhar, de proceder, de arcar com as consequências de nosso lixo mental e físico, como seguiremos com a evolução sem voltar para trás?
Quem disse que evolução é apenas isto, andar para frente? Como trazer de volta as nossas vidas às plantas, às flores, à mata que ama e que cura, como seguiremos seguros sob a terra que nos foi dada?
Sair do automático, sair da programação que foi imposta de nossa querida matrix e acessar nossa sabedora sagrada por meio do plantar e colher que está muito além do dinheiro.
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Dar força à nossa espécie sendo quem deveríamos ser, abraçar uma árvore e reconhecê-la como espécie sagrada que é fonte e que nutre, mergulhar em um rio e reconhecer que ele é fonte e que nutre, olhar para um animal e reconhecer que eles são seres como nós, que estão aqui para compartilhar e ensinar, assim como nós.
Quando um rio morre, as pedras choram, os animais de dentro choram, o vento chora, os seres de fora choram, todos choram…
Uma vida é muito mais do que uma vida e nós somamos essa vida universal que gera, que nutre, que cuida, vamos mergulhar nas profundezas de nossa espécie e continuar nossa história…