De fato, os remédios fazem parte da nossa rotina e em alguns casos são indispensáveis, principalmente em casos de doenças graves. Mas será que precisamos viver sempre à mercê destas drogas? Como tudo na vida, é preciso equilíbrio e cuidado, pois até mesmo o remédio que trata um sintoma pode fazer surgir outro, criando uma bola de neve.
Se o que nos leva a adoecer são padrões de hábitos nocivos, o que nos leva a melhorar é a correção de tais hábitos ou então a construção de novos hábitos. Essa consciência é essencial em qualquer tratamento. Se não mudarmos nossos hábitos, não teremos melhora.
Hoje convivemos com tanta informação, tanta pressão, tanta velocidade que passamos a acreditar que se não acompanharmos todo esse caos, seremos atropelados. Mas a verdade é o inverso! Se acompanharmos o caos é que entramos em total desequilíbrio e caímos num abismo profundo e assustador.
Quem é o criador do caos? Somos nós! Quem pode transformar o caos em ordem? Nós! Nós temos o poder de fazermos o que quisermos com a nossa realidade e, até mesmo, com a realidade de quem nos rodeia.
As pessoas esqueceram o que é tristeza e hoje tudo é depressão. Assim como tem muitas pessoas vivendo no automático e que não notam que possuem um nível de depressão, acreditando que apenas estão desanimadas. Nem sempre a depressão é visível. Ela pode ser silenciosa e, por isso, perigosa.
As pessoas esqueceram que a dor e o sofrimento fazem parte das nossas vidas, assim como a felicidade e a satisfação. As pessoas desaprenderam a lidar com a realidade humana e é neste momento que os remédios são acionados. Quando não conseguimos lidar com alguma dor emocional procuramos uma bengala que, muitas vezes, se chama RIVOTRIL.
A pessoa tem duas escolhas. Ela continua tomando um antidepressivo e mascara suas emoções, acreditando que está bem e vivendo uma vida controlada; ou ela realmente trata e compreende as suas questões internas e vive sua totalidade de forma saudável e livre destes fantasmas que lhe tiram o equilíbrio.
Existe SIM a depressão e existe sim a necessidade de um remédio, mas isso só deve ser considerado quando a pessoa está entregue! Quando não há mais vontade de se levantar da cama, quando já não vemos sentido em nada e não há forças para nos ajudarmos.
Um psicólogo sempre será o melhor caminho para as questões emocionais, assim como as terapias complementares. Ambas, trabalhando juntas, são fantásticas! Elas nos ajudam a compreender a complexidade das nossas emoções, a enfrentá-las e nos preparam para a vida de maneira saudável e REALISTA.
Alguns psiquiatras possuem este cuidado com o paciente e fazem uma análise mais ponderada. Procuram realmente nos auxiliar no ponto de vista emocional e não apenas receitar remédios. Por isso, se você foi a um profissional que mal conversou com você e já te propôs medicamento, que tal procurar uma segunda opinião?
Um idoso, quando já não tem mais condições físicas de caminhar, utiliza uma bengala e remédios para controlar a dor. Se ele buscasse hábitos saudáveis, exercícios físicos e fisioterapia, certamente poderia ter uma qualidade de vida muito mais ampla. Mas, o fato de ainda poder caminhar e não sentir dor, mesmo que precise do remédio e da bengala, já é suficiente para ele. São escolhas e não cabe julgamento, mas é notável que ele se sentiria muito mais independente sem a bengala.
O remédio para questões emocionais é a mesma coisa e temos que entender que Rivotril não é bengala. Ele, ou qualquer outro medicamento, pode ser no máximo um degrau.
Viver uma vida escondendo todos os nossos traumas, medos, angústias, mágoas e frustrações em um comprimido que, se tirado, deixa a pessoa com abstinência e sofrimento novamente não é tratamento. É controle. E eu te pergunto: Quem gosta de se sentir controlado?
Viver em liberdade é a melhor forma de viver a vida e o primeiro passo para isso é entendermos que todos nós sofremos com a perda de alguém que amamos, todos nós um dia perdemos um emprego, um parceiro ou um animalzinho que amávamos muito. Todos nós já fomos rejeitados, destratados; já sentimos um aperto no peito sem saber o porquê e já passamos por dificuldades diversas.
E por que sentimos tudo isso?
Porque somos humanos! Uma pessoa que não sofre, que não chora, que não demonstra qualquer sentimento é considerada uma pessoa doente. Somos seres delicados e sensíveis, os acontecimentos, naturalmente, mexem com nossas emoções.
A partir do momento que entendermos que a tristeza faz parte da vida e que tudo são ciclos que constantemente estarão presentes em nossas vidas, poderemos viver de forma mais leve. Teremos dias tristes e dias felizes. Dias positivos e dias negativos. Não serão fáceis, mas se fazem necessários para manter o equilíbrio e aprendizado. E aí entra o apoio da família, dos amigos, de um profissional. Sempre existe um porto seguro. Encontre o seu!
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Se você está em desespero com algum sentimento aí dentro de você, acredite que existem formas de pará-lo e que você PODE SIM TER UMA VIDA EQUILIBRADA.
Lemos muito por aí que podemos ter uma vida feliz e esta é alegação mais errônea que já vi em toda minha vida. A vida precisa ser equilibrada, pois não há no mundo quem seja feliz o tempo todo. Pessoas felizes o tempo inteiro? Pode ter certeza que ela, no íntimo dela, é a personalização da tristeza. Quantos comediantes não sofrem de depressão e crises de ansiedade ou pânico?
Você não está sozinho no seu sentimento. Todos nós estamos vivendo uma tristeza e uma alegria o tempo todo. A vida é isso! O que é importante lembrar é que se a tristeza ou desânimo estiverem predominantes, você pode mudar isso e pode contar com apoio de psicólogos e terapeutas capacitados para te tirar deste abismo e mostrar que tudo pode ser melhor do que é.
Algumas pessoas possuem deficiências químicas no organismo e por isso o remédio é, de fato, necessário. Mas muitas pessoas não precisam de remédio psiquiátrico para lidar com suas emoções.
Se você não consegue ir atrás de ajuda, certamente o seu nível de tristeza e desanimo é mais intenso, mas antes de desistir da vida, antes de desistir de você, procure um psicólogo! Ele vai ser o seu melhor guia neste processo de melhora. Não vai ser fácil, mas com certeza ele será o seu melhor amigo neste resgate interno.
Complemente com terapias alternativas. Já ouviu falar delas? São métodos naturais que te farão respirar melhor, equilibrarão o seu corpo e te darão um suporte maior no tratamento.
Não vire refém de remédios. Se tiver que tomar algum medicamento, que seja como degrau e não como bengala. Que você esteja no controle da situação e não o medicamento.
Se você ainda cumpre com as suas obrigações do dia a dia, mesmo com todo sofrimento, então você pode dar um passo e ir até um psicólogo. Deixe que ele direcione a melhor forma de organizar tudo aí dentro de você.
E se o seu psicólogo disser que você precisa ir ao psiquiatra, vá! Pois ele conhece a tua história, conhece a sua realidade e vai acompanhar este processo para que você não fique desamparado. Ele vai buscar formas para te dar autonomia sobre sua vida, te colocando à frente dela.
De nada adianta apenas tomar um remédio. Ele te ilude e não trata o motivo real da sua tristeza. Ele mascara a sua tristeza e coloca em você uma máscara de felicidade.
Ficar bem só à base de remédios é de fato o melhor caminho? Se não for realmente necessário (e isso apenas um psicólogo especializado poderá analisar), poupe-se desta fantasia.
E se tiver que tomar remédio, tome! Não tem problema. Mas que não seja apenas o remédio o responsável pelo seu bem estar. Você precisa abraçar todos os sentimentos que estão aí dentro de você, os bons e os ruins. Quando você consegue abraçá-los, você vai reduzindo as doses e conquistando domínio sobre suas emoções. Esse é o trabalho do psicólogo e por isso recomendo que esse seja o seu primeiro passo!
Conheça a meditação, musicoterapia, fitoterápicos, exercícios físicos e, principalmente, os florais. Pode parecer uma bobagem no início, mas o potencial dessas terapias é incrível. E o melhor é que são complementares. Você pode usá-las junto com qualquer outro tratamento.
E se tiver que aumentar a dose de algo em sua vida, que seja de amor. Aumente a dose de amor próprio, de amor pela vida, de amor pela felicidade e até mesmo pela tristeza. Precisamos amar a nossa história, respeitar nosso sofrimento como parte do que somos. Precisamos aceitar que tudo o que vivemos é somatizado dentro de nós e que se tudo isso não for trabalhado com carinho, vai se acumulando e um dia o corpo não aguenta e pede socorro. É aí que entram as crises de pânico, depressão e ansiedade.
Todas as crises nada mais são do que o seu corpo pedindo carinho, pedindo amor, pedindo cuidado. É o seu corpo pedindo para que você vá com calma, pois de alguma forma ele está sobrecarregado e você não tem percebido isso. Então dê atenção para o seu corpo, procure um psicólogo, um terapeuta integrativo, uma atividade física. Só não desista de você!
Não procure bengalas, pois elas vão limitar você. E não use máscaras, pois elas impossibilitam que você descubra a melhor versão de si mesmo.
Você não faz ideia do incrível potencial de movimento que existe dentro de você. Quando você procurar o caminho certo para recuperar seus movimentos, você conseguirá viver com leveza e força para enfrentar tudo o que vier!
Você é mais forte do que pensa e mais capaz do que imagina!
Hoje pode não parecer, mas todos nós nascemos com a virtude da superação. E com você não é diferente. Acredite nisso!