Autoconhecimento

Sagrado Feminino: a importância do feminismo nos dias atuais

Jozef Klopacka/123RF

Durante muitos séculos, a mulher foi sacrificada e condenada a situações limítrofes impostas por uma sociedade patriarcal, modelo vivido de uma autoridade imposta institucionalmente, do homem sobre mulheres e filhos no ambiente familiar, permeando toda organização da sociedade, da produção e do consumo, da política, da legislação e da cultura.

Nesse sentido, o patriarcado traz o conceito para dentro do relacionamento marcado principalmente pelo poder, pela dominação e violência. Apesar de todos os movimentos atuais, da união das mulheres pelos trabalhos e oficinas com vivências do Sagrado Feminino, ainda vivemos em uma sociedade inflexível e moralista, que reflete o machismo predominante em nosso meio.

Estes padrões de comportamento foram adquiridos pela burguesia do século XVII, que direcionou a mulher às paredes da submissão em que sua sujeição foi demarcada pela ditadura das regras, como forma da mulher desempenhar papéis a este patriarcado mediante suas vontades, necessidades e princípios.

Hoje, o feminino vem dizer que está subversivo às estas ideias impostas e luta para conquistar cada vez mais seu espaço na sociedade, pela igualdade e, por que não dizer, pela própria superação, que está intrínseca em sua força supostamente frágil.

Mulher negra sorrindo.
Foto por DISRUPTIVO no Unsplash

Com a busca pela liberdade de expressão, em um mundo opressivo que esteve submetida, o despertar ainda se faz necessário cada dia mais em todas as etnias femininas, pois muitas ainda permanecem presas em seus opressores ou nos padrões e crenças familiares que causam medo e insegurança.

Assim, preferem ignorar os fatos, ou simplesmente não estabelecem significações reais com eles, supondo que tudo não passa de simples fantasia ou de movimentos isolados e de modismos, como forma de se defender até do próprio movimento no qual esteja aprisionada.

Justamente por ainda existir grande parte de mulheres que sofrem de abusos e de violência moral, sexual e doméstica, o movimento pela libertação do sagrado feminino nos dias atuais é de grande importância, visto que um ser livre do seu mundo limitado e de condenação é ampliado e empoderado para um novo momento histórico, cultural e social.

Mulher com a mão simbolizando "pare".
Foto de Andrea Piacquadio no Pexels

Vergonha, medo ou desconhecimento fazem com que muitas vítimas respondam às agressões com o silêncio, o que contribui para aumentar a impunidade. A mulher tem por natureza e essência uma alma doce, generosa e amorosa, cujo ventre é capaz de dar vida a uma nova vida. Cada vez mais os movimentos do feminino devem intensificar e revolucionar a sociedade dentro dos modelos arcaicos do patriarcado, para que cada mulher, cada vez mais, esteja desperta para levar a mensagem de PAZ e espalhar ao mundo as sementes do divino por meio das Mães Sagradas, que é a chama do puro AMOR.

A partir do próprio despertar e autoconhecimento de cada mulher e no firmamento da sua missão e do seu propósito na Terra é que muitos círculos caminham para o despertamento da consciência, para a queda dos véus da ilusão e da “ignorância”.

No meu caminhar e aprendizado venho compreendendo o quanto manter um círculo firme de mulheres é necessário para a união deste sagrado e fortalecimento da autoestima, da confiança, do dar e receber, da soltura de amarras e crenças limitantes, condições amparadas numa teia de puro amor.

Por meio dos círculos tenho aprendido a me descobrir e descobrir as várias mulheres que habitam em mim. Estou encontrando a força e o potencial de cada uma delas para o ancoramento da espiritualidade e da nossa responsabilidade para com as mudanças do mundo.

Mulheres sentadas em um sofá.
Foto de PICHA Stock no Pexels

Um círculo é um meio para o processo de transformação, um canal para a união de mulheres em prol das mesmas intenções. Tornar uma mulher mais forte é ofertar a ela o poder de sustentar e transformar uma família. Uma família mais consciente transforma uma comunidade, uma comunidade equilibrada promove uma sociedade mais humanitária e, assim, o poder deixa de ser o único código de conduta social para a aplicação de uma visão mais coletiva, baseada na troca e na cooperação, por um bem maior.

Os movimentos do sagrado feminino e dos círculos são necessários no cenário atual, pois promovem uma espécie de teia, intenções amarradas por fios condutores, em que o olhar está nas mudanças, na libertação de crenças para o olhar novo, onde todas estão para todas dentro de um espaço de proteção e segurança.

Todas a serviço umas das outras como centro de referência, como agentes de transformação, de apoio, de inspiração, de cuidados e descobertas. Este processo de transformação que o feminismo traz para os dias atuais, observado por este ponto de vista, é capaz de promover saberes grandiosos e muito autoconhecimento para evolução do ser, perante os desafios da vida e da humanidade.

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Todos os movimentos em prol do Sagrado Feminino representam aquilo que começa e acaba em si mesmo, a unidade, o infinito e o absoluto. Portanto, é um movimento que exige como base para toda sua existência a CONFIANÇA, lealdade e perseverança pelo melhor de si e do outro.

E o que significa o termo confiança para a base ética e humana da Humanidade?

AHAA, salve o Sagrado Feminino. 

Venha fazer parte desta corrente!

“Círculos de Mulheres podem ser vistos como um movimento evolucionário e revolucionário que está escondido por trás de uma imagem aparente: parece ser apenas um grupo de mulheres reunidas, mas cada mulher e cada Círculo está contribuindo para algo muito maior.” (Jean Shinoda Bolen, em “O Milionésimo Círculo”)

Sobre o autor

Claudia Regina Pinto

Formada em Psicologia, com Pós-Graduação em Psicodrama, MBA Gestão Pessoas. Formação como Terapeuta Holística com ênfase na Alquimia (florais Sistema Joel Aleixo), Cromoterapia, Reflexologia, Argila terapia, Mestre em Reiki, Taróloga. Atendimento Clínico, Educacional e Organizacional com desenvolvimento de Lideranças e Palestras.

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