Quando o assunto é dieta e alimentação saudável, vem logo à mente um prato colorido de salada, não é mesmo? Um dos vegetais queridinhos por quem busca uma alimentação saudável e de baixo teor calórico, principalmente em dias mais quentes, é a alface. Rica em fibras, vitaminas e minerais, ela é refrescante, de fácil preparo e serve de base para outro outros vegetais crus e cozidos na elaboração de várias preparações.
Um estudo realizado pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) coletou amostras de alface de sistema de cultivo tradicional (quando o plantio é feito na terra e utiliza agrotóxicos e material orgânico), de cultivo orgânico (sem o uso de agrotóxicos) e de cultivo hidropônico (não utiliza terra, pois é cultivado na água) em supermercados e feiras livres na capital Recife e identificou a presença de parasitas em 96,6% das amostras coletadas.
Foram encontrados vários micro-organismos, mas a principal espécie foi o Strongyloides spp., causador de parasitose intestinal, que apesar de ser assintomática para alguns, pode apresentar manifestações pulmonares, intestinais e dermatológicas, inclusive levar à morte pessoas com o sistema imunológico debilitado.
E as saladas vendidas já prontas para o consumo, estão livre de micro-organismos?
Estudo realizado pelo Centro Universitário UniMetrocamp Wyden, de Campinas, analisou saladas prontas de entregas de delivery e restaurantes fast food e concluiu que 90% delas estavam contaminadas.
Os pesquisadores encontraram coliformes fecais em quantidade absurda, cerca de dez vezes mais que a tolerável pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Entre outros patógenos, também foi encontrada a bactéria Escherichia coli, que está presente naturalmente no intestino humano e de animais e pode causar diarreia, náusea e febre.
Staphylococcus aureus, que está comumente presente nas fossas nasais dos seres humanos e quando ingeridas podem provocar intoxicação alimentar, também estavam presentes.
Bem, e como higienizar corretamente os vegetais, então?
É bem simples: lavando bem em água corrente e deixando de molho em solução de água e hipoclorito de sódio em concentração de 2,5% de cloro ativo.
Simplificando: a solução mais prática e econômica encontrada no mercado é a nossa boa e velha água sanitária, mas como existe uma grande variedade do produto no mercado, é preciso verificar com atenção se o rótulo da embalagem indica o uso em alimentos, pois alguns são usados exclusivamente como alvejante de roupas e contêm substâncias que podem ser nocivas quando utilizadas em alimentos.
Modo de usar:
Colocar em bacia de plástico ou vidro 1 colher de sopa de hipoclorito de sódio (água sanitária) para cada litro de água. Lavar bem as folhas em água corrente uma a uma e deixar de molho por 10 minutos (recomendação do fabricante e Ministério da Saúde). Depois é só escorrer e enxaguar bem com água potável.
Dica: para facilitar o dia a dia, você pode usar uma centrífuga de vegetais, uma espécie de bacia com peneira dentro, para retirar o excesso de água das folhas dos vegetais e guardar em pote plástico na geladeira conservando-as fresquinhas por mais tempo. Você encontra a centrifuga para vegetais em lojas de utilidades domésticas.
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Nota: não devemos esquecer que, apesar desse procedimento eliminar até 99,99% dos patógenos nos alimentos, ele não é capaz de retirar os agrotóxicos contido neles, infelizmente.