Olá. Muitas pesquisas científicas já demonstraram que a meditação tem uma influência altamente positiva na recuperação da saúde. Em doenças, ela funciona bem. As evidências são tão grandes, que eu me pergunto por que é que a meditação não entrou de uma forma firme e forte como um complemento nos tratamentos, de uma maneira geral? Tratamentos emocionais, tratamentos psicológicos, tratamentos físicos.
Eu já tive evidências claras de como isso funciona em mim… Eu não precisei de experiências científicas para observar que o poder de recuperação do meu corpo é muito maior quando eu estou presente. Então, em vez de a gente ficar falando da meditação como um complemento, vamos falar de uma outra maneira. Estar com a consciência atentiva ao que está acontecendo no momento, sem antecipações, sem pensamentos desnecessários e perturbadores em relação ao futuro ou ao presente ou ao passado, manter a consciência aqui, observar aquilo o que é, tal qual é, sem julgar, esse é o barato da meditação. É a própria definição de meditação. É estar perceptivo à realidade interna e externa sem acoplar pensamentos ao que é percebido. Havendo pensamentos, eu não me identifico com eles. Eu também os observo como se fossem algo externo a mim, o que de fato são. Estar presente de uma maneira silenciosa, sem julgar. Esse estado permite uma passagem por doenças de uma maneira muito mais fácil, mesmo se a doença for levar à morte. Então a pessoa, acompanhando o seu próprio estado como observadora, faz com que ela entre em um processo de aceitação, de tranquilidade, de serenidade, de entrega, que é fundamental para o bem-estar dela.
Então ela funciona só como mantendo o bem-estar, como também permitindo com que
o corpo use o seu potencial de cura, porque não está havendo a ativação de cargas emocionais que têm repercussões fisiológicas prejudiciais. O silêncio interno é a condição mais favorável a processos de cura. Quando eu falo de silêncio interno, é a consciência
que observa sem a compulsão de pensar a respeito. Uma técnica que pode ser usada, especificamente, para processos de convalescença ou para ajudar na cura ou para prevenção, chama-se Hami… ela pode provocar uma vibração nas cordas vocais, com os lábios fechados e enquanto eu provoco essa vibração eu me mobilizo a estar presente. Basicamente é isso.
Hummmmmmmmmm, eu provoco uma vibração nas cordas vocais que acaba se irradiando para todo o corpo. Os efeitos fisiológicos positivos do Hami são dois principalmente: primeiro ele alonga a respiração, portanto permite uma maior oxigenação, uma maior vitalidade do corpo ao entrar mais oxigênio, eu também elimino todo o CO2. Aliás existe outra vantagem, não é só essa questão do alongamento da respiração, maior oxigenação, mas ela também por ser uma expiração prolongada ativa o sistema nervoso parassimpático. Há a necessidade de haver um equilíbrio entre o sistema nervoso simpático e o parassimpático. E nos tempos modernos o sistema nervoso parassimpático é pouco ativado. Sem a ativação do parassimpático, nós vivemos constantemente em stress. Ativando o parassimpático, a gente entra em um processo muito mais fácil de relaxamento.
O Hami provoca isso, por ter uma expiração prolongada. Além do mais, esse processo faz com que o corpo todo entre em uma mesma vibração, as células vibram em uma mesma frequência, o que ajuda na harmonização entre elas. Existe aqui também um trabalho no campo energético do corpo como um todo… isso é um assunto que normalmente a medicina não aborda, não entende, não compreende… mas nós somos eletricidade, esse campo energético que nós somos… ele tem uma relação direta com a nossa fisiologia.
Aqui o Hami permite uma harmonização desse campo energético por provocar uma vibração uníssona em todas as células. Bom, quando se fala em estar presente, porque enquanto eu faço Hami para ser uma meditação, eu preciso estar presente, é bom que a gente não tenha um nível de exigência grande, porque nós não temos condições de estarmos presentes o tempo todo, sem pensar em nada… vai haver pensamentos. A ideia da meditação é a gente ir passo a passo ficando cada vez mais presente, sem forçar a barra, sem exigir demais. Porque se eu exijo uma presença plena, constante e contínua, eu estou fadado a me frustrar.
Então, o Rami é a gente fazer isso o que eu demonstrei um atrás do outro, eu inspiro fundo, eu faço essa vibração até acabar o ar. Acabando o Rami, eu novamente inspiro, novamente eu faço o Rami, e vou fazendo isso por cinco minutos, até 30 minutos. Enquanto eu faço, eu procuro estar presente, mas um nível de exigência que eu considero razoável para que a gente se anime e tenha melhores resultados é ter um nível de exigência, de presença, baixo… Então a minha sugestão é que a cada ciclo que significa uma inspiração e uma expiração com Rami, a cada ciclo do Rami, eu procuro estar pelo menos um instante presente. Eu não me obrigo, eu não me cobro a estar o tempo todo presente. Eu me mobilizo a estar pelo menos um instante presente em que eu reconheço que naquele instante eu de fato estive presente.
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No próximo ciclo, novamente, pelo menos um instante de presença, e assim por diante.
O objetivo geral é: em todos os ciclos do meu período de meditação do Rami eu ter pelo menos um instante de presença. Essa cobrança ou esse compromisso baixo faz com que nós tenhamos no todo um nível de presença maior do que se eu estivesse em um nível de exigência elevado. Por exemplo, um nível de exigência de ficar o tempo todo presente em cada ciclo. Se eu tenho essa cobrança, normalmente eu fico tenso, frustrado, o resultado final é pior. Parece contraditório, mas o nível de cobrança baixo permite que eu relaxe…
e na verdade uma vez que eu tenha um instante de presença eu vou ter muito mais instantes de presença a cada ciclo.
Apenas eu exijo um instante, mas eu observo que o meu nível de consciência e presença é alto, não é apenas um instante, mas eu me cobro apenas isso. Essa estratégia do Rami, em qualquer processo de doença que permita que eu faça Rami, realmente provoca um restabelecimento da saúde ou pelo menos uma melhora, tanto do ponto de vista fisiológico quanto do ponto de vista psicológico, se eu faço dentro dessas orientações que eu estou fazendo, sem exigências absurdas, porque isso só vai causar frustração, baixa exigência, um nível de entusiasmo e de vontade de se aprofundar cada vez mais.
A meditação é saudável para o corpo, para a psique e para o planeta. Nós precisamos de pessoas com menos poluição mental. Quanto menos poluição mental, mais saudáveis nós somos no convívio com as pessoas e isso provoca uma reação em cadeia. Para mim, eu não tenho nenhuma dúvida. A meditação definitivamente é absolutamente necessária para que este planeta sobreviva antes que nós nos destruamos.