Se um dia você encontrar meu coração numa rua, na sarjeta, devolva-me, pois eu preciso dele para continuar a ter esperanças.
Coração às vezes é ingênuo, sai de casa e não sabe o caminho de volta, fica perdido entre tantos olhares, tantas buscas, tanta carência.
Como um menino que ainda acredita que o mundo é gentil, baila entre a multidão, se enchendo de sons e cores…
Enfeitando-se de ternura e carinhos que vêm com a brisa, perde-se pela estrada, bate devagar, cansado, sem rumo, pelas areias quentes do tempo.
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Se o encontrar, devolva-me, mas peço que o traga com carinho, como se fosse uma relíquia, e eu o colocarei de volta no peito, porque quero pensar que ainda existe um jeito, uma maneira de fazer com que ele bata acelerado, e encontre alegria ainda, mesmo que fatigado, judiado, e espere que a vida seja feita de alegria, e cores, e amores, pois coração partido ainda pode ser colado, e render muitos risos, soltar fogos de artifício, porque a vida sem amor, meu amigo não é vida, é existência…