Sabe aquelas pessoas que ficam na rua oferecendo cursos de marketing, de inglês, de administração, de informática? Que te abordam perguntando qual seu objetivo profissional e depois dizem que um desses cursos vai te ajudar a ter uma melhor qualificação no mercado de trabalho?
Pois bem.
Nunca dei muita atenção a essas pessoas
Sempre inventava alguma desculpa para encerrar logo a conversa, mas hoje acabei cedendo e dando corda. Sei lá, queria ver no que ia dar. E deu numa dor de cabeça que ainda estou resolvendo.
Acompanhei a moça que me abordou até a sala onde o gerente me falaria o preço dos cursos. Já enquanto subia as escadas, sentia que aquilo ia dar problema, mas mais uma vez não dei ouvidos a minha intuição e o pior é que sei que minha intuição nunca erra. Vieram falar comigo, passaram os valores – ABSURDOS! – e me ofereceram desconto.
Falei que não tinha dinheiro disponível naquele momento para investir num curso, disse que me viro sozinha e que não gosto de pedir dinheiro para os meus pais, aleguei que não queria pagar mais nada no crédito antes da minha fatura virar e que gostaria de mais tempo para pensar e que, se fosse o caso, voltaria. Disse também que quero ser escritora e que nenhum daqueles cursos me ajudaria naquele momento.
Mesmo eles me olhando como se fosse uma E.T. e chegando a falar que nunca viram alguém que gostasse tanto de escrever a ponto de transformar isso em profissão, continuaram insistindo. Óbvio que não queria nem olhar mais para a cara daquelas pessoas: dois sentados na minha frente e um em pé, todos me pressionando. Nesse momento me veio um pensamento:
É nisso que dá ser BOAZINHA, você acaba sendo feita de trouxa porque não fala um simples “não”. Se você fosse BOA, teria poupado o seu tempo e o tempo deles.
É isso: às vezes a gente se mete em cilada por querer ser educado demais, simpático demais, por ter medo de desagradar. Que necessidade é essa de querer agradar que nos faz ter dificuldade de falar “NÃO” com firmeza? Na verdade, nem sou tão trouxa assim, eu que paguei para ver mesmo e me arrependi. Mas se não fosse por esse acontecimento, não teria o aprendizado, nem o texto.
Resumo da história
A pressão foi tanta (para se ter ideia, quando falei que não estava com o cartão de crédito, o gerente chegou a pedir para a moça me acompanhar até em casa para pegar) que acabei assinando um contrato sem nem ler e ainda esqueci de pegar uma cópia. E eles também não me deram e ainda me disseram que se eu quebrasse o contrato teria que pagar uma multa. Agora estou me preparando psicologicamente para o estresse que está por vir.
Tem muita gente caloteira e aproveitadora por aí, não dá para esperar que todos sejam sensatos ou que sempre haja alguém para te ajudar, ou que Deus vai resolver o problema por você. Aliás, sei que Deus nos dá todas as habilidades que vamos precisar para nos virarmos nesta vida, e uma das que Ele me deu foi a força, a capacidade de ser firme e criar barreiras. Era aquele o momento de fazer uso dessa qualidade, mas fui ser BOAZINHA e deu no que deu.
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