Já te aconteceu de ter que explicar a mesma coisa pra mesma pessoa pela terceira vez? Como se sentiu? Bom, eu fico irritada. Não demonstro, mas me sinto queimando por dentro. E sofrendo. E este é um motivo bem bobo e pequeno para sentir raiva. Viu como é fácil sentir raiva? Ela aparece assim, sem mais nem menos, muitas vezes contra a vontade, e rapidamente toma conta do pedaço.
E não apenas toma conta do corpo e da mente, como também começa a chegar a outras pessoas, porque ninguém fica irritado sozinho, gostamos de compartilhar e espalhar. Olhe rapidinho seu feed do Facebook e vai constatar esse fato. Tanta gente compartilhando raiva.
Parece tão fácil sentir raiva, mas mesmo assim é uma escolha. E esse sentimento toma conta porque não há presença. Não há atenção quando ela começa a despontar e surgir, há negação. Ninguém quer sentir raiva, então, tem repressão e negação. E aí quando menos se percebe, ela toma conta. E reprimir e negar sentimentos só acontece quando eles não são vistos porque se está distraído olhando pra fora.
Ser feliz é, ao contrário, um estado de presença. Não é possível a raiva tomar conta se há presença e atenção, porque assim que ela começar a aparecer, com a luz da consciência, ela é vista antes de ser colocada para fora e, aí, quando ela é vista e aceita, ela some. Daí o que resta quando ela vai embora é o estado natural do espírito e da mente, que é descansar no momento presente, com consciência e alegria, contentamento.
Ser feliz dá trabalho e é uma escolha. A cada segundo da vida se escolhe entre flutuar com as planificações e constatações mentais ou estar presente. Sempre se faz essa escolha. Para estar presente precisa treinar a mente macaco. Precisa sentar muitas vezes em silêncio e aprender a observar e manter a atenção focada. É a musculação da mente. E tem que treinar e tem que querer. Tem que querer ser feliz. E trabalhar pra isso.
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Trabalhar no sentido de treino, perseverança, paciência. Se lembrar sempre de voltar para o aqui e agora. Sempre. E logo se vê que a maior lição não é falar e analisar o passado. Não é ter certeza do que vai acontecer no futuro, é apenas aceitar a verdade do momento presente.