“Você nunca vai me fazer virar uma coisa dessas!”
A lagarta olhando para a borboleta
A terceira etapa da consciência em transformação é a batalha entre o velho e o novo! A velha forma não abandona o território com facilidade.
Quando começamos a considerar uma nova maneira de olhar a realidade, os nossos padrões de pensamentos e sentimentos mais profundos gritam: “Não faça isso!”.
Surge o medo do desconhecido, o medo de romper com as formas de pensamentos mais antigas, com os padrões ditados pela família, pela cultura e até mesmo de outras vidas. É a fase dos questionamentos, dos “e se?”. O novo atrai e o velho resiste.
Hesitação e indecisão aparecem como símbolos do conflito.
A resistência é parte natural da mudança. Se você tiver pressa, provavelmente terá de repetir a lição. Quando assumimos a vontade de crescer, observamos a vida se tornar “caótica”.
Por exemplo, quando dizemos que queremos ser mais pacientes, o que acontece? Situações de frustração ou impaciência aparecem.
Dia desses, me peguei em uma situação de queixa, perguntando: “O que estou fazendo de errado?”. Depois de compartilhar com meu sócio essa angústia, ouvi dele a afirmação: “Você não está fazendo nada errado! Tudo é parte do processo de mudança!”.
Mas quando se está no “caos”, o sistema de segurança do ego acende o alerta vermelho, na tentativa de manter o “status quo”.
Sentimos também a perda do senso de direção. O passado acabou e o futuro não chegou. O ponto médio é o momento de várias possibilidades. Quando aproveitamos esse instante, podemos viver a experiência de estar no núcleo de um furacão, no centro da vida, repleto de oportunidades livres e incondicionais. O olho do furacão é o espaço mais tranquilo.
As ideias que temos a respeito de nós mesmos têm seus próprios campos de energia. Na etapa da resistência, um novo molde está sendo elaborado. Assim, é preciso usar a nossa força de vontade para afirmar com persistência a possibilidade de mudança.
A alteração crítica ocorre quando o desejo de mudança é maior do que o medo do processo.
As batalhas mais dramáticas têm um sabor diferente quando compreendemos que o resultado foi definido no momento em que dissemos: “Eu quero a verdade”.
É comum, após um curso, treinamento, processo de coaching, sessão terapêutica ou seminário em que tivemos profunda compreensão, ficarmos cheios de entusiasmo. E entramos em colapso imediatamente. Estamos prontos para mudar, mas o nosso mundo está lá, onde o deixamos, e todas as velhas defesas surgem.
A família e os amigos não têm a menor ideia do que estamos dizendo, e por vezes eles podem se sentir ameaçados, tornando-se acusadores: “Você mudou! Você não é assim! Você está abandonando o barco no momento mais difícil”!
Então é a hora de diminuir a velocidade. Respirar fundo. Inserir novos sentimentos. Lembrar que a família, os amigos e os companheiros de trabalho não partilharam das mesmas experiências que tornaram a mudança possível para você.
Outra dica é permanecer em contato com os seus sentimentos. Assim não entrará em repressão e decepção em relação a si mesmo. Para atingir o que deseja, é preciso começar do lugar onde está.
Observe o que são os sentimentos e o que são as reações emocionais programadas. Posso sentir vontade de perdoar, mas quando uma velha ferida é aberta, tenho a reação emocional de raiva e autojustificativa.
As reações emocionais revelam que ainda estamos agindo a partir do velho modelo. São impetuosas e nos fazem prestar atenção.
Os sentimentos são ouvidos e percebidos nos momentos mais calmos. Quanto mais ouvimos o nosso “eu” profundo e nos comprometemos a seguir a sua orientação, mais somos capazes de ver a diferença entre aquilo que somos, em oposição àquilo que estamos vivenciando.
A boa notícia é que o momento de observar uma reação, com certo grau de distanciamento, chegará. Você vai observar a reação e sua causa. Quanto mais lutamos contra a resistência, mais apertados os nós ficam.
Essa etapa passa. Seja paciente! O tempo dela dependerá, em maior ou menor grau, de honestidade consigo mesmo.
Algumas ações que podem ajudar nesse momento:
- Acompanhamento terapêutico, mentoria, aconselhamento, por exemplo: buscar profissional de sua confiança;
- Escrever sobre suas experiências, sentimentos e reações: liberar a tensão pela escrita;
- Meditar: oferecer si mesmo momentos de introspecção, autoacolhimento e energização, prevenindo estresse e ansiedade;
- Prática de atividade física: movimentar o corpo por meio de práticas esportivas adequadas ao seu perfil e condição de saúde.
- Visualização criativa: equilibrar as polaridades Yin e Yang. As energias feminina e masculina harmonizadas ajudam a autopercepção dos sentimentos e das reações.
Aguarde…. o momento da compreensão e do despertar estão aproximando!
Deixo sugestão de práticas meditativas para te inspirar:
“Sente-se em posição confortável… inspire e expire… suave e profundamente durante toda a prática… quanto mais atenção à respiração… mais você poderá se conectar à sua essência e à sua leveza.
Ser leve… inspirando e expirando…. a energia vital é arejada… circula livremente pelo corpo físico e sutil…
Imagine a energia vital formando o símbolo yin e yang… na inspiração yin e na expiração yang… concentre-se no movimento… e aos poucos você sentirá relaxamento e concentração… e nesse movimento você sentirá leveza… soltura… segurança… sem controle… sem pesos…
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Sua essência é luminosa, suave, leve… as polaridades ying e yang, feminina e masculina, estão integradas… tornando sua experiência, sua intuição e seu discernimento alinhados… e esse alinhamento fortalece e nutre sua leveza…
Sinta… sinta… confiança, clareza mental, fluidez… estado interno de flow…
Faça mais algumas respirações profundas… honre sua sabedoria interior, honre o tempo presente, honre seus saberes, sua vida…
Abra os olhos devagar… alongue o corpo… repita a pratica em outros momentos”. (criada por Anna Maria)
Boas reflexões e experiências!
Abraço carinhoso repleto de Paz!