Todo sofrimento tem início em um desejo! Como assim, se eu desejo aquilo que quero alcançar, como isso pode ser fonte de sofrimento?
Calma, você já vai entender!
Quando desejamos alguma coisa, pessoa, situação, estamos projetando sobre esse desejo uma felicidade, uma alegria, um contentamento que só acontecerá se esse algo desejado for, de fato, alcançado.
E se não for assim? E se eu não conseguir aquilo que desejei, aquilo que coloquei tanta energia para obter, seja lá o que for?
Desejar nos torna escravos da expectativa porque não compreendemos que a verdadeira felicidade é interna e independe dos acontecimentos externos.
Nossa parcela animal deseja incessantemente possuir tudo o que acreditamos que nos traga conforto. Estar na zona de conforto é o que essa parcela quer: conforto, ausência de qualquer perigo.
Como se manifesta o desejo
Esse comportamento se manifesta de duas formas:
• Ou eu tenho avidez, ou seja, quero tudo aquilo que me parece ser prazeroso ‘
• Ou tenho aversão, que representa o medo de não ter o que me parece prazeroso.
Estabelecemos a seguinte ordem quando somos guiados pelos desejos:
- Primeiro eu tenho;
- Depois eu faço;
- Daí eu serei.
E é aí que mora a questão. A ordem está toda invertida.
Para que a abundância aconteça é preciso:
- Ser;
- Fazer;
- Ter.
Veja como funciona a cadeia mental:
O desejo da conquista leva ao medo de não conseguir algo e, como o medo predomina em nossa mente, o que vai acontecer? O que tanto tememos tende a se manifestar.
E o que é o desejo?
O desejo é uma criança mimada que habita dentro de nós e que se esconde atrás do sentimento de necessidade.
Essa criança clama dizendo: “preciso disso/daquilo” e, se não consegue o que quer, acaba gerando:
• pressão interna;
• autocrítica;
• autoculpa e
• autotirania.
E o que nós precisamos de verdade?
Não é preciso nada, a não ser respirar! Quanto mais acreditamos que precisamos de algo, mais distantes estamos do que queremos e com isso. E assim, o desejo se torna sofrimento.
Troque desejo por intenção!
Quando intencionamos algo, as infinitas possibilidades do contexto são também ponderadas. Tomamos ciência de que o resultado não depende apenas de nós.
Não, isso não é ser derrotista! Isso é compreender que não estamos no controle de nada!
Considerar o contexto e manter uma intenção, ou seja, uma preferência desapegada do resultado, sem autopunição se não alcançada é o que nos coloca mais próximos de atingir nosso objetivo.
- Desfrutar da jornada é o mais importante.
- Desejo é escravidão, escassez.
- Intenção é liberdade e abundância.
Mude sua fala para “eu prefiro” ao invés de dizer “eu preciso”. Preferir é diminuir a influência do desejo sobre nossos pensamentos e atitudes. Desafie-se a cortar os excessos de prazeres/ausências e comece a equilibrar sua vida.
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Quer compreender mais sobre os estados de consciência e como podemos superá-los? O livro “Deixar Ir” do Dr. David Hawkins é uma boa dica. A partir dele podemos compreender qual é a cadeia emocional que nos faz tomar atitudes e como cada estágio pode ser compreendido e superado.
Dê seu melhor, agradeça os resultados que a vida te entrega ao invés de reclamar sobre os não alcançados.