A gestação não protege a mulher da Doença Mental, mas a Gestação e filhos de até dois anos de idade são considerados Fatores de Proteção para o Suicídio e Autoagressão.
Tudo o que acontece na gestação tem influência e impactos até um ano do pós-parto. Infelizmente, nas consultas de pré-natal não se investiga a saúde mental da paciente. Seria uma oportunidade muito proveitosa.
O transtorno mental mais frequente na gestação é a Depressão, e apenas uma em cada cinco gestantes deprimidas procura ajuda, de qualquer tipo que seja, provavelmente devido ao estigma associado à Depressão.
São considerados Fatores de Risco ao Suicídio Materno, a história prévia de doença psiquiátrica, a ideação suicida prévia e fatores Socioeconômicos, como: falta de suporte familiar, ausência de parceiro, dificuldades financeiras, gestação não planejada, especialmente entre jovens, história de violência doméstica e uso de álcool e drogas.
Mesmo quando o suicídio não é consumado, as consequências são devastadoras para a mãe e o bebê, podendo inclusive perder a guarda do filho.
Como Medida de Prevenção, é importante o rastreamento da Depressão, principalmente no primeiro trimestre e de 6 a 12 semanas do Puerpério, período pós-parto. O importante é não ter medo de tratar, atualmente alguns estudos demonstram que é melhor não interromper a medicação, nem proceder a redução de dose, sob risco de dupla exposição do bebê, à doença e à medicação.
Somente o profissional em saúde mental pode avaliar os Riscos do Tratamento X Riscos do Não Tratamento no Pré-parto e Pós-parto, mas estudos tendem a concluir que manter o tratamento é sempre benéfico.
Você também pode gostar
A Depressão e a Ansiedade patológica materna, quando não tratadas, causam riscos, como: falta de vínculo mãe-bebê, complicações obstétricas e estresse fetal, depressão puerperal, risco de suicídio e autoagressão, além de atraso no desenvolvimento emocional, cognitivo e da linguagem.
E em se tratando da Psique, o não julgamento, o autorizar os sentimentos, o apoio e envolvimento do parceiro e da família, e a permissão da gestante em reconhecer que pode não estar sentindo amor por esse filho, e que o Amor Materno é Construído e não é inerente, bem como liberar crenças sobre Amamentação e Gestação, pode ajudar muito.
A psicoterapia também é muito indicada, pois falar sobre os seus sentimentos é algo que liberta. Para quem não puder fazer um tratamento psicoterapêutico, existe o CVV que faz um lindo trabalho voluntário de ajuda.
Vamos deixar de lado todas essas crenças e preconceitos e buscar ajuda, sempre. Com certeza é o melhor para todos os envolvidos.Não é para todas as mulheres que a maternidade é sublime! Nem para todas é a melhor fase da Vida! A mulher não tem obrigatoriamente que estar feliz por estar grávida, e não é culpa da mãe caso a criança nasça com algum problema de saúde. Vamos falar sobre isso!
Mãe Saudável = Bebê Saudável.
Mãe Doente = Bebê Doente.
CONTINUE A LER A SÉRIE “SETEMBRO AMARELO”
Prevenção ao Suicídio | Suicídio na Adolescência | Impulsividade e Suicídio | Posvenção do Suicídio | Dependência Química e o Suicídio | Suicídio e Idosos | CVV – Centro de Valorização da Vida