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Signos Astrológicos e Mitos: Sagitário

sagitário
Escrito por Tereza Gurgel

Sagitário: 22 novembro a 21 dezembro

Sagitário é o nono signo zodiacal. A preparação para o inverno está concluída: a vegetação está em repouso e a terra se prepara para o inverno rigoroso. Sagitário unirá o presente com o futuro, projetando para um fim aquilo que o signo anterior, Escorpião, acumulou.

Tradicionalmente Sagitário é representado pela figura mítica do centauro, seres cuja parte inferior do corpo tem a forma de um cavalo e a parte superior humana. Assim, expressa a fusão da natureza animal com a humana. Em suas mãos está um arco e flecha, indicando que o ponto de partida vem de um centro inferior para atingir um alvo colocado no alto, síntese harmônica da natureza que leva a uma meta superior.

O mito associado ao signo é o do centauro Quíron. Na mitologia grega, os centauros conviviam com os seres humanos e podiam ter tanto qualidades negativas (alguns se comportavam de maneira bastante violenta quando embriagados) quanto positivas. Quíron era o mais sábio, bondoso e justo dos centauros, sendo professor dos filhos de deuses, reis, sábios e heróis. Ele adquiriu a sabedoria e o conhecimento durante um prolongado retiro em uma gruta para tratar-se de uma ferida.

O mito conta que ele foi acidentalmente ferido com uma flecha envenenada. Por ser imortal, Quíron teve que conviver com dores terríveis e incessantes. Mesmo sendo um grande conhecedor de ervas e remédios, Quíron não pôde curar-se, pois o veneno utilizado nessa flecha pertencia à Hidra de Lerna, um monstro cujo veneno não existia cura. Na sua busca por um tratamento, aprimorou os seus conhecimentos herbalísticos e sua habilidade em ajudar os outros o tornou cada vez mais famoso. Tornou-se assim conhecido como “o curador ferido”. Quíron foi libertado de seu sofrimento ao propor trocar sua imortalidade pela de Prometeu (que tinha sido condenado a um sofrimento eterno por roubar o fogo dos deuses). Zeus, o pai dos deuses, havia decretado que Prometeu só seria libertado se um outro imortal trocasse de lugar com ele. Zeus concordou em fazer a troca e colocou Quíron no firmamento, na constelação de Sagitário.

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Quíron representa a dualidade do ser humano: metade animal, metade humano, pode se elevar atingindo a verdade espiritual latente em cada um de nós, esclarecendo as leis da natureza que nos sintonizam com o divino. Ao transcender a nossa natureza animal, encontramos o nosso mestre interior e podemos nos tornar mestres de outros.

Sagitário projeta o aspecto glorioso do sacrifício psicológico em que o objetivo é a ascensão, a elevação e onde a renúncia é o abandono dos graus inferiores. O signo expressa a capacidade de conciliar as duas naturezas, extraindo delas o que há de melhor. As energias são transformadas, coordenadas e sublimadas em uma síntese absoluta, sendo depositadas neste signo todas as ciências humanas e divinas.

Do ponto de vista da evolução psicológica, Sagitário é a última etapa da polaridade, da ambivalência. Prepara-se nele a unificação do individual com a superação do arquétipo da dupla natureza irreconciliável. O sagitariano transpõe o limiar: o indivíduo percorre um destino que o leva para fora e além de si mesmo.

Os nativos deste signo são versáteis, tendo a mente aberta para novas experiências e ideias. Podem se dar bem em diversas profissões, sendo cuidadosos e bons organizadores. Costumam permanecer otimistas até em situações difíceis. Dispostos a lutar por uma causa, acreditam na ética. Nos relacionamentos, eles são sinceros e controlados, mas muitas vezes se deixam levar pelo seu espírito aventureiro. Precisam sentir-se livres, e muitas vezes colocam os objetivos profissionais à frente dos sentimentais. Do lado negativo, podem ser muito impacientes com pessoas que não seguem seu ritmo, deixando que seu gênio forte domine. Podem se tornar muito exigentes, sacrificando-se para alcançar um objetivo.


Referências
“Astrologia e Mito”- R. Sicuteri – Editora Pensamento – São Paulo – 1978;
“O Livro de Ouro da MItologia” – Thomas Bulfinch – Ediouro Publicações Ltda. – Rio de Janeiro – 2003.

Sobre o autor

Tereza Gurgel

Formada em Psicologia (F.F.C.L. São Marcos - SP). Filiada à ABRATH (Associação Brasileira dos Terapeutas Holísticos) sob o número CRTH-BR 0271. Atua na área Holística com Reiki, Terapia de Regressão e Florais de Bach. Mestrado em Reiki Essencial Metafísico e Bioenergético Usui Reiki Ryoho, Shiki, Tibetano e Celtic Reiki. Ministra cursos de Reiki e atende em São Paulo (SP).

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