Saúde Mental

Síndrome de super-herói

Homem de óculos com uma capa de super-herói ilustrada em torno de si.
gstockstudio / 123RF
Escrito por Malu Brandão Moura

Você já ouviu falar? Eu, particularmente, adoro filmes de super-heróis e suas reflexões. “Pantera Negra” (tema da minha camisa☺️) é um dos meus favoritos.

Bem, vamos lá. A Síndrome de Super-Herói é quando uma pessoa se sente responsável por solucionar todos os problemas que estão à sua volta para evitar sofrimento no mundo ou a si mesmo, ou seja, ultrapassa o sentido de ajuda. Trata-se da vontade de salvar o outro assumindo os problemas e trazendo as responsabilidades para si, na obrigação de ser um nobre “herói”, “aquele que tudo suporta, tudo resolve e tudo vence”. Também diz respeito a uma busca desenfreada por vencer sempre, estar sempre certo e ter as melhores escolhas, opiniões e/ou estratégias.

Você se identificou⁉️ Caso sim, cuidado!

1️⃣ Você precisa perceber que pode ajudar outrem dentro dos seus limites, respeitando o seu momento e, PRINCIPALMENTE, deixando o outro se desenvolver, isto é, permitindo que ele seja capaz de assumir as responsabilidades dele e dar conta das escolhas que ele fizer na vida.

2️⃣ Você só pode se responsabilizar pelo seu próprio bem-estar e pela sua própria felicidade. Compreenda que você não tem controle sobre tudo, muito menos sobre o outro. Essa falsa sensação tende a gerar culpa e frustração.

Ilustração de uma mulher olhando para sua sombra em uma parede, que a mostra com uma capa de super-heroína.
Daniil Peshkov / 123RF

3️⃣ Observe se você está buscando ser útil. Essa necessidade indica algum processo em desequilíbrio dentro de você. Quando falta algo, a tendência é querer “preencher” com o que está fora. Não querer olhar para as suas emoções gera uma projeção nos sentimentos e nas necessidades dos outros.

4️⃣ Há uma exigência por vencer o tempo todo e mostrar o quanto você é forte? Essa postura pode ser arriscada e fazê-lo ultrapassar a linha tênue entre a ética e a moral, entre o seu espaço e o do outro, para além disto. Ao não conseguir aquilo que almeja, você pode entrar em crises de depressão.

5️⃣ Esse impulso por querer impressionar e ter que ser aplaudido, elogiado e reconhecido o tempo todo indica um vazio na vida e, aos poucos, um afastamento de quem realmente é, da sua essência, a fim de se encaixar neste padrão ideal estabelecido por você mesmo. Esse processo exige muita consciência para não mergulhar em um jogo de aparências.

Que tal sermos meros mortais e seguirmos com nossa paz de espírito e nesta busca por autoconhecimento, próximos de quem realmente vale a pena e de tudo que de fato faz sentido para nós?

Obs. 1: A imortalidade exige estudo, disciplina, autoconhecimento, autorrespeito, autocuidado e autoamor. A real imortalidade é a nossa essência, é o que levamos das vivências, é tudo que aprendemos e que ficará guardado dentro de nós independentemente de onde estivermos e/ou com que convivermos. Que sejamos esse tipo de herói!

Obs. 2: Os super-heróis dos filmes geralmente não conseguem salvar aqueles que mais amam e, em alguns casos, morrem no final, “contrariando” a sua imortalidade.

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Seja apenas você. Vencer suas batalhas internas já é um processo que exige muito trabalho, disciplina e força de vontade. Você encontrará obstáculos e tropeçará em pedras ao percorrer o caminho… Tudo isso lhe servirá de aprendizado para melhorar como ser humano e lhe aprimorará seu extinto de sobrevivência, seu amor pela vida e sua vontade de evoluir.

Olhe para dentro e transforme-se em alguém bom para si, íntegro, com bom coração e com paz de espírito. A consequência será sua energia emanada para os outros e para o mundo! 🙏🏻

Sobre o autor

Malu Brandão Moura

Administradora (UFBA) e contadora (Uneb), especialista em finanças, sempre atuei na área financeira/controladoria (desde 2006), perpassando por empresas de portes diversos, em sua maioria multinacionais, atuando como gerente nas duas últimas experiências do mundo corporativo, o que me deu toda a bagagem necessária para a atuação atual como mentora financeira. Durante todo esse tempo, sendo espírita praticante, palestrante e estudiosa das questões imateriais, apaixonei-me pelo universo espiritualista e busquei o autoconhecimento como aprimoramento pessoal e ferramenta para melhorar minhas relações interpessoais, exercendo a empatia e, consequentemente, a vontade de ajudar o próximo a desvendar seus processos existenciais. Debrucei-me, então, na transpessoalidade desde a vertente holística até a prática terapêutica, buscando compartilhar ferramentas aprendidas na formação em terapia transpessoal sistêmica (Núcleo Jordan Campos/Unibahia) e, assim, desbravar o universo transpessoal do indivíduo. Hoje, pós-graduanda em neurociências e comportamento, estudiosa e praticante da ayurveda, especialista em constelações familiares, sistêmicas e organizacionais, atuo com terapia regressiva, PNL, thetahealing, tarô terapêutico, terapia energética (reikiana nível III nas linhas usui e tibetano), floralterapia, mandalaterapia, aromaterapia e iridologia comportamental & clínica, buscando o meu desenvolvimento como profissional com o objetivo de transformar a vida de outras pessoas, direcionando-as a uma existência mais leve e feliz.

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