Atualmente vivemos em um mundo acelerado e nos vemos sem tempo para realizar várias tarefas do nosso cotidiano. Com isso, podem surgir vários sentimentos de culpa, medo ou até mesmo um sentimento de que nada do que se faz é bom, que sempre há a necessidade de ir além. Mas será que isso é saudável? Nesse momento podemos estar lidando com a síndrome do impostor. Algo bem comum quando sentimos que não somos bons o bastante para executar nossas tarefas!
Saiba mais sobre a síndrome do impostor
O que é a síndrome do impostor?
Para contextualizar, a síndrome do impostor não é classificada como uma doença mental, por mais que seja uma desordem psicológica ligada aos sentimentos e comportamentos. Com ela, a pessoa passa a acreditar que não merece estar onde está. Por exemplo, alguém que é promovido em seu trabalho por mérito próprio, muitas vezes, chega a acreditar que não está ali por ser um bom funcionário.
Entretanto de onde surgiu o termo síndrome do impostor? Em 1978 as psicólogas Pauline Clance e Suzanne Imes utilizaram esse termo pela primeira vez para dar nome a essa percepção errônea que a pessoa possui de si mesma. É importante entender melhor a forma como a pessoa apresenta esses sintomas, pois podem ser confundidos com ansiedade e depressão, que já são consideradas doenças pela Classificação Internacional de Doenças.
Podemos trazer o exemplo da realidade de algumas mulheres também, que são profissionais, mães e donas de casa. Às vezes elas estão cansadas das suas rotinas; pela forma como cresceram na sociedade e até mesmo se vendo em meio a tantas responsabilidades, acabam tendo o sentimento de não serem boas o suficiente no que fazem. É importante se lembrar de que a síndrome do impostor pode acontecer com qualquer pessoa.
Sintomas da síndrome do impostor
É preciso atentar-se a todos os sinais, visto que muitas pessoas podem não saber que têm a síndrome do impostor. Os principais sintomas são estes:
Ansiedade: vivemos em um mundo imediatista, onde precisamos realizar todas as nossas tarefas “para ontem”. Com isso, podem acontecer as crises de ansiedade no meio do processo por termos um prazo estipulado ou até mesmo para tentarmos alcançar a “perfeição”. A ansiedade está ligada ao perfeccionismo.
Culpa: a culpa está ligada a um sentimento que leva a pessoa a pensar que fez errado, ficar com remorso daquilo e começar a se culpar por coisas que não estavam ao seu alcance naquele momento. Por exemplo, a pessoa entregou o que lhe foi proposto, porém se sente culpada achando que poderia ter feito mais.
Medo: O medo pode ser tanto da perda do seu trabalho quanto do que os outros vão pensar ou dizer do que foi realizado.
Autossabotagem: tem ligação com o medo de errar, trazendo insegurança e fazendo com que a pessoa se autossabote procurando falhas demais no que já foi realizado ou colocando empecilhos para realizar as tarefas. Esse sentimento está ligado a autocrítica e ao medo de errar.
Comparação com o outro: o trabalho do outro sempre será o melhor, mais popularmente conhecido como “a grama do vizinho sempre será mais verde”. Mas na maioria das vezes não é assim que funciona.
Esses sintomas mentais que a síndrome do impostor traz podem estar ligados diretamente à forma como o corpo vai responder — as crises de ansiedade, por exemplo, que podem causar o choro fora de hora, tremor das mãos e falta de ar. Todos os sintomas interligados podem prejudicar o sono e a alimentação também. As emoções, quando estão em excesso, podem causar danos ao corpo, trazendo o que a psicologia chama de psicossomatização — quando as emoções estão tão fortes que o corpo responde, para se proteger, baixando a imunidade, podendo gerar alguma doença.
Como tratar a síndrome do impostor?
De início é muito importante entender que, para superar qualquer coisa, precisamos ter autoconhecimento. Para adquiri-lo, é importante buscar ajuda de um profissional, começar a cuidar de si, fazer coisas de que você goste e por você mesmo! Esses são alguns dos primeiros passos para tratar a síndrome do impostor. É importante aceitar que todos os seres humanos possuem defeitos e qualidades e entender que isso faz parte da nossa construção como ser humano.
A questão é: como adquirir autoconhecimento? Temos algumas formas e técnicas. A primeira delas é fazer um questionamento pessoal. “O que me faz bem? No que eu sou bom? O que eu faço de certo? Quais são as minhas qualidades?” Mas sem se cobrar demais, afinal autocobrança excessiva só nos faz mal!
Dizer não e colocar limites limites na sua convivência com o outro vai ser de grande auxílio para que a vida caminhe de maneira mais leve. Não se esqueça de tirar um tempo para si mesmo. Faça coisas que lhe agradem, como pintar, desenhar, dançar, cantar… O que faz você se sentir vivo? Escute mais a si mesmo. Quais são as suas vontades? Isso não é egoísmo, mas, sim, amor-próprio.
Algo que ajuda muito a nos conhecer como somos de verdade são as meditações, tanto as guiadas quanto as não guiadas. As meditações são importantes, pois nos ensinam a respirar, tentar manter o controle da nossa mente, do nosso corpo e nosso espírito. Quando você medita, sua concentração e conexão consigo mesmo ficam muito mais afloradas.
Além disso é importante respeitar os próprios limites; evitar se comparar demais com o outro, afinal somos seres únicos! Nossa mente é o nosso maior guia, então é importante evitarmos alimentar os pensamentos autossabotadores. Comemore sempre que você tiver uma conquista; isso é importante para a sua evolução como ser humano.
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Por fim, jamais se esqueça de que você é uma pessoa que está em constante evolução. É possível aprender todos os dias da sua vida, tanto adquirir novas habilidades quanto melhorar aquilo no que você já é bom. E não se esqueça de que se você, de alguma forma, é reconhecido pelo que faz, é porque você é capaz e qualificado para fazer tudo o que quiser!