Se você está entre os 40 e 50 anos, já deve estar começando a se questionar sobre os primeiros sintomas da menopausa, a fase natural marcada pelo encerramento definitivo do ciclo reprodutivo. Durante esse período de transição, o corpo passa por uma série de mudanças hormonais significativas, que podem desencadear uma variedade de sintomas físicos e emocionais.
Ao reconhecer e entender esses sintomas, as pessoas que menstruam podem buscar o apoio adequado, adotar estratégias de autogerenciamento e tomar decisões informadas em relação à sua saúde.
Por isso, nesse artigo fornecemos um guia abrangente sobre os sintomas mais comuns das três frases do climatério: pré-menopausa, menopausa e pós-menopausa. Acompanhe o artigo!
O que você encontrará neste artigo:
Sintomas da pré-menopausa
Quando os 40 anos batem à porta, você pode se perguntar: “como eu sei que estou entrando na menopausa?”
A perimenopausa, como é chamado o período pré-menopausa, marca o declínio gradual da função ovariana e a diminuição dos níveis hormonais, principalmente do estrogênio. É durante esse estágio que muitas mulheres começam a experimentar os primeiros sinais e sintomas da menopausa.
É certo que esses sintomas que podem variar de pessoa para pessoa. Enquanto algumas delas podem experimentar apenas leves desconfortos, outras podem enfrentar desafios significativos que afetam sua qualidade de vida e bem-estar.
Confira os sintomas mais comuns da pré-menopausa:
Irregularidade menstrual: Os ciclos menstruais podem se tornar mais curtos ou mais longos, e o fluxo menstrual pode variar em quantidade e duração.
Suores noturnos: Muitas mulheres experimentam episódios de calor repentino e intenso, geralmente acompanhados de suor excessivo, principalmente à noite.
Alterações de humor: Oscilações emocionais, irritabilidade, ansiedade, depressão e sentimentos de tristeza podem ocorrer durante a pré-menopausa.
Distúrbios do sono: Insônia, dificuldade em adormecer ou manter o sono, além de despertar frequente durante a noite, são sintomas relatados por muitas pessoas.
Ressecamento vaginal: Diminuição da lubrificação vaginal, o que pode levar a desconforto ou dor durante a relação sexual.
Diminuição da libido: Algumas mulheres podem notar uma diminuição do desejo sexual durante a pré-menopausa.
Alterações no peso corporal: Mudanças na distribuição de gordura corporal, especialmente em torno da região abdominal, e dificuldade em controlar o peso.
Fadiga e falta de energia: Sensação de cansaço constante, falta de energia e diminuição da resistência física.
Problemas de memória e concentração: Dificuldade de se concentrar, esquecimentos ocasionais e neblina mental podem ocorrer durante a pré-menopausa.
Alterações na pele e cabelo: A pele pode ficar mais seca e perder elasticidade, enquanto o cabelo pode se tornar mais fino e frágil.
O que a menopausa causa no corpo?
Durante a menopausa, o corpo passa por importantes alterações hormonais e fisiológicas que têm impactos significativos no dia a dia. Veja o que ocorre no corpo durante essa fase:
Diminuição dos níveis hormonais: Durante a menopausa, os ovários produzem menos estrogênio e progesterona. O estrogênio desempenha um papel fundamental no ciclo menstrual, saúde óssea, saúde cardiovascular e regulação do humor. A diminuição dos níveis de estrogênio pode afetar essas funções e levar a sintomas como fogachos, alterações no humor, ressecamento vaginal e alterações no padrão menstrual.
Alterações no sistema reprodutivo: Durante a menopausa, os ovários deixam de liberar óvulos regularmente, resultando na cessação da menstruação. Isso marca o fim da capacidade reprodutiva da mulher. Além disso, o revestimento uterino pode se tornar mais fino e menos elástico, o que pode levar a alterações na lubrificação vaginal e desconforto durante a relação sexual.
Mudanças nos tecidos e órgãos: A diminuição dos níveis de estrogênio pode afetar outros tecidos e órgãos do corpo. Por exemplo, a diminuição do estrogênio pode levar a alterações na pele, como ressecamento e perda de elasticidade, e aumentar o risco de doenças cardiovasculares e osteoporose.
Impacto na saúde óssea: A diminuição dos níveis de estrogênio na menopausa está associada a uma maior perda de massa óssea, aumentando o risco de osteoporose e fraturas. A saúde óssea se torna uma preocupação importante durante a menopausa, e é recomendado adotar medidas para promover a saúde óssea, como dieta adequada e exercícios de fortalecimento.
Sintomas vasomotores: Fogachos e suores noturnos são sintomas comuns durante a menopausa. Eles ocorrem devido às alterações na regulação da temperatura corporal. Os fogachos são sensações súbitas e intensas de calor, geralmente acompanhados de sudorese e vermelhidão.
Sintomas emocionais da menopausa
Quando estamos falando sobre hormônios femininos, independentemente da fase em que o corpo se encontra, estamos tratando de elementos importantes que são responsáveis pelo equilíbrio do funcionamento emocional. Com a menopausa, os sintomas emocionais não seriam diferentes.
Isso ocorre porque os hormônios como o estrogênio e a progesterona desempenham um papel importante na regulação do sistema nervoso central, incluindo áreas relacionadas ao humor e às emoções. Durante o ciclo menstrual e a menopausa, esses hormônios sofrem flutuações significativas, o que pode afetar o equilíbrio químico e os receptores no cérebro, impactando o funcionamento emocional.
Aqui estão alguns dos principais sintomas emocionais relatados durante a menopausa:
Oscilações de humor: Mudanças de humor são frequentes durante a menopausa. As pessoas podem experimentar variações repentinas de emoções, como irritabilidade, tristeza, ansiedade e até mesmo ataques de raiva. Essas oscilações de humor podem ser atribuídas às flutuações hormonais e às mudanças na regulação emocional.
Depressão: Algumas pessoas podem experimentar sintomas depressivos durante a menopausa. Isso pode incluir sentimentos persistentes de tristeza, falta de interesse em atividades antes apreciadas, baixa autoestima, falta de energia e dificuldade de concentração. A depressão durante a menopausa pode estar relacionada a fatores hormonais, bem como a outras mudanças na vida, como alterações nos relacionamentos e preocupações com o envelhecimento.
Ansiedade: A ansiedade é comum durante a menopausa e pode manifestar-se como uma sensação persistente de preocupação, medo excessivo, nervosismo e inquietação. A ansiedade durante esse período pode estar relacionada a flutuações hormonais, sintomas físicos desconfortáveis e mudanças significativas de vida.
Dificuldades de sono: Distúrbios do sono são comuns durante a menopausa, e a falta de sono adequado pode contribuir para problemas emocionais. A insônia, o despertar frequente durante a noite e suores noturnos podem causar irritabilidade, cansaço e alterações no humor.
Falta de concentração e memória: Algumas mulheres relatam dificuldades de concentração e lapsos de memória durante a menopausa. Isso pode ser atribuído às flutuações hormonais e às alterações cognitivas que ocorrem nessa fase da vida.
Sintomas da pós-menopausa
Quando a menopausa termina, ainda é possível sentir impactos dela na fase da pós-menopausa, que se trata da cessação permanente da menstruação e estabilização dos níveis hormonais após a transição hormonal.
Durante esse período, embora os sintomas possam diminuir, algumas pessoas ainda podem experimentar sintomas relacionados à diminuição dos hormônios sexuais. Veja alguns dos sintomas que ainda podem persistir na pós-menopausa:
- Ondas de calor;
- Ressecamento vaginal;
- Mudanças na função sexual;
- Mudanças na saúde óssea;
- Mudanças na pele e cabelo;
- Alterações de humor.
Tratamentos disponíveis e qualidade de vida
Existem várias opções de tratamento e alternativas para melhorar a qualidade de vida durante a menopausa. A escolha do tratamento dependerá dos sintomas individuais e da preferência da mulher. Aqui estão algumas opções comumente consideradas:
Terapia de Reposição Hormonal (TRH): A terapia de reposição hormonal envolve a administração de hormônios, como estrogênio e progesterona. É eficaz para reduzir fogachos, ressecamento vaginal e outros sintomas relacionados à diminuição dos níveis hormonais. No entanto, é importante discutir os benefícios e riscos da TRH com o seu médico, pois existem considerações individuais e potenciais efeitos colaterais associados.
Medicamentos não hormonais: Existem medicamentos não hormonais, como antidepressivos, anticonvulsivantes e medicamentos específicos para osteoporose, que podem ser prescritos para aliviar sintomas como fogachos, alterações de humor e problemas ósseos. Esses medicamentos podem ser uma opção para mulheres que não podem ou não desejam fazer uso de terapia hormonal.
Terapias alternativas e complementares: Você pode incluir uso de suplementos herbais, como a erva-de-são-joão e o trevo vermelho, acupuntura, ioga, meditação, técnicas de relaxamento e exercícios físicos regulares. Essas terapias podem proporcionar alívio sintomático e melhorar o bem-estar geral, mas é importante buscar orientação médica e ter um diálogo aberto com um profissional de saúde.
Adoção de um estilo de vida saudável: Mudar para um estilo de vida ainda mais saudável pode ajudar a melhorar a qualidade de vida durante esse período. Isso inclui manter uma alimentação equilibrada e rica em nutrientes, praticar exercícios físicos com frequência, manter um peso saudável, evitar fumar e limitar o consumo excessivo de álcool e cafeína. Além disso, é importante cuidar da saúde mental, buscar apoio social e descansar adequadamente.
Cuidados com a saúde óssea: Como a menopausa está associada a um maior risco de osteoporose, é fundamental adotar medidas para cuidar da saúde óssea. Isso inclui consumir alimentos ricos em cálcio e vitamina D, praticar exercícios de fortalecimento, evitar o tabagismo e limitar o consumo de álcool.
É importante lembrar que cada pessoa é única e isso faz com que o tratamento e as alternativas para melhorar a qualidade de vida durante a menopausa variem de acordo com cada necessidade ou intensidade dos sintomas. Por isso, é recomendável buscar orientação médica para avaliar sua situação específica e discutir as opções disponíveis para individualizar o tratamento.
Dúvidas mais frequentes sobre os sintomas da menopausa
É normal que haja muitas dúvidas acerca dos sintomas dessa fase tão importante para o corpo feminino. Confira as perguntas mais frequentes e suas respectivas respostas:
“Quanto tempo duram os sintomas da menopausa?”
Os sintomas da menopausa podem durar por vários anos, podendo chegar até uma década. Em alguns casos, alguns sintomas persistem mesmo depois do período. No entanto, esse tempo pode variar de organismo para organismo. Algumas pessoas também podem ter sintomas por um período mais curto, de alguns meses.
“A menopausa afeta a vida sexual?”
Sim. Sintomas como ressecamento vaginal e incontinência urinária podem causar desconfortos durante a relação sexual. Além disso, a sexualidade também é impactada por alterações emocionais como oscilação de humor, irritabilidade e diminuição do desejo sexual. Felizmente, existem opções de tratamento e abordagens para melhorar a saúde sexual e lidar com os desafios que possam surgir nesse período. Basta consultar o seu médico e entender qual a opção que se encaixa melhor em seu caso.
“É possível engravidar durante a menopausa?”
Sim, embora seja raro, é possível engravidar durante a menopausa. Nesse período, os ovários param de liberar óvulos regularmente, e a mulher perde a capacidade reprodutiva. No entanto, durante a fase de transição hormonal que antecede a menopausa, conhecida como perimenopausa, os ciclos menstruais podem se tornar irregulares e imprevisíveis. Nessa fase, ainda é possível que ocorra a liberação de óvulos e a concepção. Portanto, uma mulher ainda pode engravidar durante a perimenopausa, mesmo que tenha tido alguns meses sem menstruação.
“Ainda preciso fazer exames de Papanicolau e mamografias após a menopausa?”
Sim, é recomendado continuar fazendo exames de Papanicolau e mamografias após a menopausa, mesmo que a mulher não esteja mais menstruando. A menopausa não elimina a necessidade desses exames, pois eles são importantes para a detecção precoce de alterações e doenças ginecológicas e mamárias, incluindo o câncer de colo do útero e o câncer de mama.
“É possível passar pela menopausa antes dos 40 anos?”
Sim. A menopausa precoce – ou insuficiência ovariana prematura (IOP) – acomete pelo menos 1% das mulheres. As causas da menopausa precoce podem ser diversas e incluem fatores genéticos, autoimunes, cirurgias que afetam os ovários, tratamentos médicos, radioterapia, quimioterapia e algumas condições de saúde. Em alguns cenários, a causa pode não ser identificada, como é o caso da menopausa precoce idiopática.
Abrace esse ciclo e foque no bem-estar
Passar pela menopausa de maneira saudável e positiva pode permitir que as mulheres continuem a desfrutar de uma vida plena e gratificante. É uma oportunidade para abraçar a sabedoria da maturidade e cuidar da saúde integral, visando uma vida equilibrada e feliz após essa importante etapa do corpo feminina.
Para que você mantenha a qualidade de vida na menopausa, é fundamental buscar apoio emocional e comunicação aberta com a pessoa parceira. E claro, também não podemos esquecer do mais importante: um acompanhamento médico adequado para avaliar suas necessidades individuais e fornecer orientações personalizadas para o manejo dos sintomas.
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