Convivendo

Só depois do falecimento da minha mãe

Escrito por Fátima Cardoso

Passei minha adolescência e parte da minha vida adulta criticando minha mãe.

Achava ela uma chata, que só pegava no meu pé querendo controlar tudo. Queria conhecer meus amigos, os pais dos meus amigos e com quem eu saía, frequentava todas as reuniões da escola e fazia questão de conversar em particular com cada professor. Na adolescência não me deixou viver no meu pequeno mundo particular, meu quarto, como muitos amigos que viviam trancafiados em seus quartos, se sentindo independentes e tendo sua privacidade respeitada. Quando entrei para a faculdade, ocasionalmente ela olhava meu material para se certificar que eu estava frequentando as aulas. Me pressionou a começar a trabalhar, e para minha surpresa exigiu que eu me comprometesse a pagar alguma conta das nossas despesas da casa. Sendo que eu queria gastar todo meu dinheiro com minhas coisas, meus mimos, minhas baladas.

Numa tarde fria ela se foi desse mundo… Parecia que eu estava sob efeito de anestesia, não entendia que ela havia morrido, que não teríamos mais a presença dela em casa. Confesso que uma mistura de sentimentos tomou conta de mim: medo, alívio, culpa, independência.

Anos depois é que eu fui entender que a minha mãe me amava e só estava cuidando de mim, o que eu próprio não fazia tão bem, mesmo quando me tornei adulto. Só depois de muitas “quedas” na vida e de terapias é que passei a reconhecer o seu valor, o valor das suas atitudes e parar de me culpar por ter sido tão rude com ela e não ter aproveitado mais a sua companhia.”

Quantos filhos ruminam por anos a fio a sua ingratidão para com a mãe?

Quantas mães, antes de partirem, choram a dor do desrespeito dos seus filhos?

Sabemos que pai e mãe não são perfeitos, são seres em evolução como todos os outros seres, porém muitas vezes os filhos exigem perfeição deles. E a mãe sente-se super exigida, pela sociedade, religião, pela própria família e por seus filhos.

Ao exigir perfeição dos pais, muitos filhos passam a vida inteira olhando para trás, para o passado, lamentando pelo que não receberam e desvalorizando o que receberam dos pais.

Mãe e pai dão o que têm para dar, o que sabem dar. É importantíssimo lembrar que eles te deram a vida, ou seja, o que você tem de mais valioso foram eles que te deram.

Pare de reclamar, se entenda com seus pais, faça tudo o que puder para que uma compreensão possa surgir enquanto eles estiverem vivos, pois foi deles que você veio. Assim, quando eles deixarem o mundo – e algum dia eles, você e todos nós deixaremos – você não se sentirá culpado, não se arrependerá e saberá que fez tudo o que pôde para resolver suas dificuldades com eles. Desta forma, você se fortalece e passa a caminhar na vida olhando para frente, para o futuro e produzindo melhores resultados como forma de agradecer a mamãe e ao papai.

Se cuide com a Cinesiologia Quântica e a Constelação Familiar, dê esse presente para sua mãe, ela ficará muito feliz por você estar feliz.


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Sobre o autor

Fátima Cardoso

Fátima Cardoso é facilitadora de Cinesiologia Especializada pela escola Three in One Concepts. Facilitadora em Cinesiologia Quântica pela Conexão Harmônica, Massoterapia e Reflexologia pelo Senac, e também Reiki e Metafísica da saúde. Facilitadora de Constelação Sistêmica Familiar presencial e online. Além disso, fez participações no programa Kabballah Egípcia na Rádio Mundial.

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