Conhecer-se mais plenamente como mulher é conhecer por quais deusas se é primordialmente governada. É estar ciente de como cada uma delas influencia as diversas fases e os diversos pontos de mutação de nossa vida”.
(R. J. Woolger)
O que são arquétipos? A palavra “arquétipo” tem suas origens na Grécia antiga e pode ter o seu significado interpretado como “padrão original” ou “modelo primordial”.
Carl Gustav Jung (1875-1961), psiquiatra suíço, foi quem, em 1919, apresentou o conceito de arquétipo como conhecemos hoje.
Os arquétipos podem ser entendidos como o conjunto de padrões de imagens e símbolos primordiais que estiveram e estão presentes de maneira recorrente nas experiências universais e coletivas, desde os primórdios da humanidade, moldando os eventos psíquicos e servindo de matriz para o desenvolvimento da personalidade humana.
Assim como temos as heranças biológicas, temos também as heranças relacionadas aos aspectos psicológicos, que se configuram como arquétipos.
Os arquétipos são uma espécie de matriz que se expressa por meio dos símbolos e são encontrados nos mitos originais, nas artes, ciências e religiões de todas as culturas.
Constituem-se da repetição de uma mesma experiência por diversas vezes, sendo armazenadas no inconsciente coletivo e formando um molde que regula como vivenciamos determinadas experiências que podem dar sentido ao que acontece conosco.
Heranças de experiências coletivas e a vivência individual
De acordo com Grinberg (2003), o arquétipo não é só uma experiência que se herda, mas o potencial de repetição dessa experiência: “(…) Funciona como um ‘pano de fundo’ da experiência”.
Cada pessoa, de acordo com a sua história e individualidade, pode vivenciar as experiências arquetípicas de maneira única, ainda que se tenha essa matriz primordial como referência.
Os arquétipos e as deusas
Os arquétipos das deusas, suas características principais, conforme descritas em diversos mitos e representadas em culturas distintas, possibilita-nos ampliar a compreensão acerca da psicologia feminina e contribuir para o autoconhecimento das mulheres.
É importante esclarecer que por “deusa”, segundo Woolger (2003), queremos exprimir a descrição psicológica de um tipo complexo de personalidade feminina que conhecemos intuitivamente em nós, nas mulheres à nossa volta e também nas imagens e nos ícones que estão em toda parte na nossa e em outras culturas.
Nesse sentido, portanto, não há relação religiosa ou de culto às deusas, mas, ainda citando Woolger (2003), diz respeito à forma que um arquétipo feminino pode assumir no contexto de uma narrativa ou epopeia mitológica. Num conto de fadas, esse arquétipo pode aparecer como princesa, rainha ou bruxa. Quando sonhamos ou fantasiamos, nossa mente inconsciente pode recorrer às imagens arquetípicas, que estão dispostas no inconsciente coletivo.
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Quanto aos homens, a sua relação com os arquétipos femininos se dá por meio das relações externas com as mulheres em sua vida. Para entender mais sobre esse processo, sugerimos o livro de Robert A Johnson, “He — A Chave do Entendimento da psicologia Masculina”, que você encontra ao clicar no botão abaixo:
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