Joga para o lado essas cortinas que tanto escurecem e permita que o clima entre – seja de chuva ou de sol, mas permita. Não se prive de ver a beleza das horas vivas, nítidas e reais, porque a existência, veja bem: a existência passa escandalosamente rápido.
A dor? Ela não irá passar. A dor existe e te faz uma visita a cada momento em que as suas fraquezas assaltam ou a cada vez em que as suas pernas cambaleiam, tropeçam e te jogam com força no chão.
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Não deixa latente o que te faz doer, não. Pega essa tristeza e inventa uma poesia, pois é do drama que nascem as histórias mais belas e interessantes. Pega a melancolia e faz dela o teu bilhete para a evolução, porque na busca pela felicidade a gente sempre lida com o nosso quinhão de dificuldade.
Ainda é cedo para chorar e se render, menina. Recolhe a lágrima, corre pra rua e silencia a boca dos equivocados com a sua graça imprevisível. Não permita a ousadia de quem dança sobre os seus destroços se o teu edifício ainda está aí, inteiro.
Há muito mais brilho além do seu frasco de glitter derramado.