“Tende cuidado em não praticar as boas obras diante dos homens, para serem vistas, pois, do contrário, não recebereis recompensa de vosso Pai que está nos céus. – Assim, quando derdes esmola, não trombeteeis, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para serem louvados pelos homens. Digo-vos, em verdade, que eles já receberam sua recompensa. – Quando derdes esmola, não saiba a vossa mão esquerda o que faz a vossa mão direita; – a fim de que a esmola fique em segredo, e vosso Pai, que vê o que se passa em segredo, vos recompensará”. (S. MATEUS, 6:1 a 4.)
Tenho pensado muito nesse excerto ultimamente. Quantas vezes, na tentativa de sermos generosos, não “contamos” para nossa mão esquerda o que fez a nossa mão direita? Digo, quantas vezes queremos as glórias e os louros de nossos bons atos, desmerecendo-os, então, pondo toda a generosidade abaixo, por vaidade?
Assim não pode ser. Como seres humanos, temos a dificuldade em ajudar o próximo e manter em silêncio nossas boas atitudes. Inflamos nosso ego, querendo exaltar nossos feitos. Até ajudamos, mas temos a necessidade de fazer com que os outros saibam de nossa benevolência. Daí perdemos (quase todo) o mérito da ação!
Ser justo, ser solidário, ser caridoso. É um exercício difícil! Mas praticável, a cada dia. Quando vemos um irmão em necessidade, nosso íntimo nos diz que devemos ajudá-lo, dentro de nossas possibilidades. Muitas pessoas vão além, tiram de si para dar ao próximo, e isso é louvável! Mas ainda temos a grande dificuldade de manter ocultas nossas boas atitudes.
A notícia boa é que ser reservado também é exercitável: a cada bom ato, a cada ajuda, nós podemos exercer o não comentar, o guardar para nós mesmos a vontade de sair espalhando aos quatro ventos que somos generosos. O Universo sabe que fazemos o bem.
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Façamos isso! Que fique oculta a caridade nossa de cada dia, e que cada vez mais possamos ser generosos com a dor e com a dificuldade do próximo. Isso alimenta nossa alma de boas vibrações.