Hoje tenho um pedido não só para os pais, mas para todos aqueles que têm uma criança em suas vidas. Por favor, ensinem a eles o amor incondicional.
Fale sobre as emoções, sobre a necessidade de trabalharmos nossos impulsos negativos. Explique sobre como a vida pode ser melhor quando temos empatia e conseguimos viver em harmonia, porém deixe o pequeno saber que não somos seres perfeitos, e que não será um rompante de raiva, birra ou teimosia que fará dele um ser humano ruim ou “feio”.
Mostre a ele o poder da palavra e do silêncio, mas não o faça falar se ele não quiser, e não o mande calar se ele desejar falar. Pessoas introvertidas e extrovertidas têm necessidades diferentes.
Dê exemplo de boa alimentação e faça com que ele saiba da importância de praticar exercícios para se ter uma vida longa e saudável, porém não o chame de preguiçoso caso ele não queira ser o atleta da turma.
Compartilhe com ele a beleza, fale sobre harmonia, alegria e cores. Faça com que ele tenha contato com a natureza e aprenda a enxergar a beleza nas pequenas coisas, inclusive em si mesmo.
Deixe claro que existem boas e más escolhas, e que quando não estamos preparados podemos optar por fazer escolhas ruins e que teremos consequências a enfrentar. Deixe mais claro ainda que estas consequências, por mais que possam doer em nós, deverão ser arcadas por ele; entretanto explique que errar é humano e que seu amor não depende de que ele faça apenas boas escolhas.
Mostre-o como é importante ser comprometido, se dedicar aos estudos, adquirir conhecimento, ler, aprender, porém deixe-o saber que seu amor não está condicionado a boas notas.
Dê exemplos de como é importante escolher uma profissão, se dedicar a ela com amor e afinco para que se possa obter sucesso, entretanto deixe claro que a escolha pela profissão é dele, e que você vai amá-lo independentemente do que ele deseja fazer.
Nunca utilize a privação de seu carinho ou de sua atenção como forma de castigo. Existem meios mais eficazes e menos destrutivos para fazê-los entender que cometeram um erro. A falta de autoestima é um dos grandes fatores para o desenvolvimento de transtornos de ansiedade, depressão, bulimia, anorexia e tantos outros.
Pessoas com baixa autoestima encontram dificuldades em ter relacionamentos saudáveis e para encontrarem um caminho de realizações próprias. A destruição da autoestima começa quando acreditamos que não somos bons o bastante para sermos dignos de amor, e, assim, começamos a nos adequar ao padrão solicitado.
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Deixamos de ser quem somos e passamos a interpretar um papel para evitar críticas, julgamentos e, principalmente, a sensação de desamor e desaprovação. Já diz o ditado que quem ama educa, e orientar e dar limites faz parte do processo, entretanto devemos evitar ao máximo a transferência, condicionando o amor à forma como gostaríamos que nossas crianças sejam ou se comportem.
E se você já cresceu, pense nisso… o que você faz simplesmente para receber amor e aprovação, mas que não tem nada a ver com o que você gostaria de fazer ou de ser?