Coerência e afinação para dias integrados
Nossa conversa desta edição traz a chamada para reflexões sobre a autoria que temos buscado em nossas vidas. Não se trata de protagonizar, e sim conceber nossa escrita vivencial neste ciclo, nesta passagem.
Mergulhados numa era em que o cardápio de paradigmas parece ser infindável, esquecemo-nos ou distraímo-nos dos chamados internos que PRECISAM de nós como canal de realização desses intentos.
Tantas vezes adoecidos, confundimos cumprimentos de agenda com propósito(s).
Dentro das ordens internas e íntimas, sabemos que nem sempre a razão que nos conduz às tomadas de decisões consegue estar em harmonia com o estado emocional que nos toma. E, nesses momentos, pensamos: “o que será a bússola ou o compasso para que eu me alinhe à jornada a ser experienciada?”.
Primeiro olhar a despertar: minha postura está coerente com minha palavra, meu sentir, meu agir?
Segundo olhar: estou integralmente presente em meus momentos? Ou fico reclamando do tempo, da bagunça, para terceirizar o descuido com meu autoacolhimento e crescimento? Ou me sento à mesa para comer com um dispositivo portátil que mais nos controla do que é controlado? Como anda a qualidade dos meus momentos sinestésicos? Eu tenho entregado meu tempo à vida ou faço tudo às pressas?
Terceiro olhar: sou eu ou é meu eu que toma as rédeas da minha vida?
Pelos resultados e pelas coletas a partir dessas questões, saberemos um pouquinho do que temos feito ou ainda não fizemos por NÓS!
O eu maior se chama consciência, e não ego!
Estamos demasiadamente literalizando nossas histórias, experiências, e isso nos afasta do simbólico, ritualístico, metafórico, filósofo e criativo. Pensando no conceito de religare com o Sagrado, espiritualmente também estamos desconectados.
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Ficamos imersos em padrões e chamados que são ditados por um coletivo inconsciente e nos esquecemos de apresentar nossas paletas que podem contribuir tão substancialmente para a construção de um cosmos mais acolhedor: o verso do Uno.
Relembre seus desejos mais simples e intrínsecos, aqueles que a partir de AGORA já podem despertar e trazer a ressonância que faz o coração dançar entre sístoles e diástoles, e converse com eles.
Vá um passo de cada vez. Do adagio ao gran finale.