Apesar disso, se analisarmos com o distanciamento adequado, podemos partir do pressuposto de que o Divino está em todos sem distinção e, por isso, o verdadeiro servir espiritual é a manifestação natural do amor e da sabedoria do coração e da mente devidamente alinhados. Esse estado, portanto, não pode ser alcançado pelo planejamento da vontade pessoal. Ele se apresenta, acima de tudo, por meio de um estado de Graça Divina, no qual tudo possui um propósito e um espaço, onde podemos nos sentir agradecidos e incondicionalmente amados.
Você também pode gostar de:
- 7 atitudes mentais que resgatam o equilíbrio interior
- Busca pela luz interior em momentos de crise
- A importância do autoconhecimento
A humanidade como um todo, esteja ela agindo de acordo com o que acreditamos ser o “certo” ou o “errado”, está a serviço do Divino, gerando as ferramentas necessárias para que sejamos capazes de procurar e encontrar a verdadeira Verdade da Realidade em si. Por meio desse criterioso caminho é que poderemos vivenciar a grandiosidade da sensação criadora e o poder trazido pela visão esquecida de UNIDADE. Apenas a partir da visão unificada da existência é que seremos capazes de perceber que a alma é uma só e, por isso, o corpo estará tomado pela infinita Luz Superior.
Vivemos uma época de transição de Eras, mas o processo é lento e gradativo. Levará algum tempo para que possamos perceber que a visão de amor da atualidade se encontra deteriorada, centrada no sujeito e muitas vezes contaminada por sentimentos provenientes do ego. Esse amor aprisiona e intoxica os envolvidos. A chave é abrirmos espaço para o Amor Divino, pois ele é o único com poder para promover a liberação que precisamos.
Um trajeto capaz de nos aproximar dessa abertura é o que fazemos para dentro de nós.
Ao encontrarmos nossa integridade interior e manifestarmos a essência ali adormecida, estaremos dando o primeiro grande passo para a libertação deste sistema de percepções distorcidas. Só poderemos nos libertar por meio da Verdade conquistada de forma altruísta e sincera; promovendo a abertura do coração para uma vida una em Tudo. Quando formos capazes de atingir esse patamar, finalmente estaremos livres da ilusão de separação; da equivocada percepção egoica do que é “certo” ou “errado” no mundo.
Com esse olhar lapidado estaremos libertando nossa real força criadora, pois nos livraremos, finalmente, do desejo de mudar o mundo a partir de nossa verdade individual. Assim sendo, poderemos nos dar conta de que tudo é perfeito como está. Prevalecerá então a vontade do Divino, uma vez que nos tornaremos tanto destinatários como servos da Verdade Libertadora.
Nesse estado estaremos desconectados de nosso egoísmo e de nossa visão ignorante de “livre-arbítrio”, que, coletivamente, nos trouxe a este patamar equivocado de existência. Somente no viés da essência criadora, ausente de ego e com “presença infantil”, é que teremos alguma chance de sermos preenchidos pela Luz Viva da Verdade e, nesse momento, o Divino poderá, finalmente, nos utilizar como veículos de sua Graça.