Autoconhecimento

Sonhos em Análise – Parte 2

20823280 - woman sleeping in the clouds and dreaming
Escrito por Deva Layo Al-N-Dara
O BEIJO DE UMA ROSA
NA VIDA REAL E NA MÚSICA
– II Parte –

Leia aqui a Parte 1 deste artigo.

Acredito que todos conheçam aquele momento em que, dentro do próprio sonho, ou quando estamos prestes a acordar definitivamente, ou mesmo quando estamos entre a vigília e o sono, vem aquela música em especial.

Às vezes, são músicas que nunca ouvimos, outras, músicas conhecidas que a psique empresta para nos alertar a respeito de algum símbolo, sendo este alerta um diálogo, um aviso e não necessariamente um perigo.

Às vezes, ele pode ser a resposta a uma questão que pede para ter sua crença ressignificada em nossa psique, para que possamos nos diferenciar de determinado dilema e incômodos que vivemos diariamente.

Neste caso, em especial, vejo esta “trilha sonora onírica” que esta cliente apresentou como uma resposta. Trata-se de “Kiss from a Rose”, do cantor Seal. A música veio como uma saída para que o feminino nela prestasse mais atenção àquele Animus* que desejava ser considerado, visto, acolhido e “salvo”, redimido, destacado de seu próprio lado sombrio, como também da própria sombra feminina, do feminino atávico.

COMO NO CONTO DE FADAS, ELE NÃO É APENAS SOMBRA, MAS TAMBÉM PODE OFERECER A LUZ

There used to be a greying tower alone on the sea
Costumava ser uma torre acinzentada sozinha no mar

You became the light on the dark side of me
Você se tornou a luz no meu lado obscuro

Love remained a drug that’s the high and not the pill
O amor continua sendo a droga que “dá uma onda” sem a pílula

But did you know, That when it snows,
Mas você sabia, que quando neva,

My eyes become large and
meus olhos se tornam maiores e

The light that you shine can be seen
a luz que você emite pode ser vista?

Baby, I compare you to a kiss from a rose on the grey
Meu amor, eu comparo você ao beijo de uma rosa nas cinzas

Ooh, The more I get of you,
Nossa, quanto mais eu recebo de você,
Stranger it feels, yeah
mais estranha é a sensação, é sim

And now that your rose is in bloom
E agora que a sua rosa está desabrochando

A light hits the gloom on the grey
Uma luz atinge a escuridão das cinzas.

There is so much a man can tell you,
Existe tanta coisa que um homem pode contar a você,

So much he can say
tanto que ele pode dizer

You remain,
Você permanece,

My power, my pleasure, my pain! Baby
meu poder, meu prazer, minha dor! Querida…

To me you’re like a growing addiction that I can’t deny
para mim você é como um vício crescente que eu não posso negar

Won’t you tell me is that healthy, baby?
Me diz, isso é saudável, querida?

But did you know, That when it snows,
Mas você sabia, que quando neva

My eyes become large and the light that you shine can be seen
meus olhos se tornam maiores, e a luz que você emite pode ser vista?

Baby, I compare you to a kiss from a rose on the grey
Querida, eu comparo você ao beijo de uma rosa nas cinzas

Ooh, the more I get of you
Ooh, quanto mais eu tenho você

Stranger it feels, yeah
mais estranho parece, sim

Now that your rose is in bloom,
E agora que a sua rosa está desabrochando

A light hits the gloom on the grave
Uma luz atinge a escuridão da sepultura

I’ve been kissed by a rose on the grave,
Eu fui beijado por uma rosa na sepultura

I’ve been kissed by a rose (on the grave)
Eu fui beijado por uma rosa (na sepultura)

I’ve been kissed by a rose on the grave,
Eu fui beijado por uma rosa na sepultura

… And if I should fall along the way…
… E se eu cair ao longo do caminho? (tudo isso irá embora?)

I’ve been kissed by a rose
Eu fui beijado por uma rosa

… Been kissed by a rose on the grave.
… Beijado por uma rosa na sepultura

Baby, I compare you to a kiss from a rose on the grave.
Querida, eu comparo você ao beijo de uma rosa nas cinzas

Ooh, the more I get of you
Ooh, Quanto mais eu recebo de você

Stranger it feels, yeah
Mais estranha é a sensação, é sim

Now that your rose is in bloom,
Agora que sua rosa está desabrochando

A light hits the gloom on the grave
Uma luz atinge a escuridão da sepultura

Yes I compare you to a kiss from a rose on the grave
Sim, eu comparo você ao beijo de uma rosa na sepultura…

Ooh, the more I get of you
Ooh, Quanto mais eu recebo de você

Stranger it feels, yeah
Mais estranha é a sensação, é sim

And now that your rose is in bloom
E agora que sua rosa está desabrochando

A light hits the gloom on the grave
Uma luz atinge a escuridão da sepultura

Now that your rose is in bloom,
Agora que sua rosa está desabrochando

A light hits the gloom on the grave
Uma luz atinge a escuridão da sepultura

UM Animus QUE PERCORRE O MITO DO RENASCIMENTO
QUANDO NOTA A EXUBERÂNCIA FEMININA

Este Animus* que aqui é apresentado está em processo de diferenciação do Animus coletivo. Em seu discurso, ele não é apenas sombra, mas também já consegue oferecer alguma luz.

Ele vive o mito do renascimento, elaborando suas cinzas para “o renascer do diferenciado”, como uma Fênix.

Ele é a Fênix renascida, gestado dentro da Anima** e, com isso, convoca a mulher para que não tenha medo de renascer como outra dentro de si mesma, pois sabe que ela já começou a desabrochar e só precisa de seu sinal para percebê-lo e aceitar seu chamado para sair de sua torre.

A torre simboliza um mecanismo de defesa feminino que está prestes a ruir. Ele também lhe revela alguns segredos masculinos compartilhando aquilo o que pensa.

Ele tem dúvidas sobre se esse amor poderia continuar existindo se ele não fosse tudo o que a Anima esperasse dele.

Ele mostra que o amor não exclui a angústia, mas que pode ser vivido a dois, sem o desespero que o tem acompanhado em sua solidão, que nada mais é do que o reflexo da solidão que a própria Anima encontra dentro si mesma.

Ele mostra que o amor não exclui a angústia, mas que pode ser vivido a dois.

A proposta dele é, então, se diferenciar da solidão a dois: ele não deseja mais isso, como um sinal psíquico de que a própria mulher está mudando de sintonia.

Ele chega mesmo a questionar se essa nova sensação que traz a descoberta do amor, se essa renovação que o acompanha, é realmente saudável para ambos, mas não se importa muito com isso, desde que seu apelo seja satisfeito e, aqui, encontramos um comportamento muito comum nos homens de hoje. Ele está erotizado pela Anima.

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Ele fantasia o beijo dessa Anima “sob a forma do beijo de uma rosa” e, finalmente, se levanta de sua sepultura. Isso nos faz lembrar dos belos vampiros imberbes e sedutores não? Ele também sabe que essa rosa tem seus espinhos, mas não a teme. Ele só deseja ser considerado — muito mais, deseja ser integrado.

*Animus: aspecto masculino interior da mulher.
**Anima: aspecto feminino interior do homem.

Sobre o autor

Deva Layo Al-N-Dara

Deva Layo – nome tântrico de Luciáurea Coelho – é autora e arquiteta com especialização em cura de ambientes (Feng Shui, radiestesia e radiônica).

Atua como condutora de percepções, é empata sensitiva consciente e contatada de fenômenos anômalos (UFO), com vasta formação e experiência no segmento artístico, holístico e em espiritualidade: técnicas de dança para educação somática, terapêutica tântrica, terapêutica Yoni Egg, mestria em Reiki, practitioner em ThetaHealing, terapêutica psicanalítica e junguiana, renascimento, leitura de oráculos e condução do sagrado.

É mantenedora da Plataforma de Conhecimento LILITH-BRASIL, criadora da “Jornada para Lilith – de 21 Dias” e mentora do “Lilith Satsang – Encontros com Lilith”, da Escola Psicopompo de Lilith, do Programa Consciência Rúnica (na Rádio StartFM, em 2017), compiladora e transmissora das obras “O Chamado de Lilith”, “Lilith – Rainha da Lua”.

É também autora das obras “A Sombra Que a Gente Tem”, “O Vampiro no Divã”, “Yoni Egg – A Pedra Filosofal da Consciência Feminina”, “Meditação Yoni Egg” e da série de cinco volumes sobre Geometria Corporal Expressiva para Dança do Ventre, disponíveis no Clube de Autores e na Amazon.

Compartilha conhecimentos por meio de seus livros pela expansão da consciência planetária.

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