Por que as pessoas, voluntariamente (de forma premeditada ou irrefletida), em um determinado momento de suas vidas fizeram uma opção de fuga tão dolorosa quanto o suicídio?
Quantas vidas desprezadas, quantas dores e sentimentos nos foram impostos nestes momentos?
Suicídio: Estudar para melhor compreender e ajudar no processo de conscientização das causas e consequências deste nefasto ato
Quais os prováveis motivos que levam milhares de criaturas a fugirem de um “sofrimento passageiro” para encontrarem uma tortura muito mais sofrida e longa?
Seria a impaciência consigo mesmo?
“A impaciência é precipitação e a precipitação redunda em violência.”
Seria a ociosidade, a falta de fé e também a saciedade?
A falta de fé, responde por quase toda a totalidade dos suicídios.
A fé é a base, é a couraça que nos protege.
As filosofias materialistas que tiram a esperança em dias melhores e somente divulgam o pessimismo e o acaso da vida.
Seriam também os desgostos da vida, as decepções amorosas, a solidão?
Quantos jovens estamos vendo tombarem no primeiro choque de contrariedade por falta de resignação e resistência. Outros por não desejarem aprender a renunciar como Jesus ensinou e a manter a lembrança constante que ninguém se encontra sozinho ou abandonado, todos estamos amparados pela Misericórdia Divina.
Por amor ou por orgulho ferido? Lembremos que quem ama, cuida.
“Os motivos de suicídio são de ordem passageira e humana, as razões de viver são de ordem eterna e sobre-humana.” (Léon Denis, O Problema do Ser, do Destino e da Dor).
E os vícios inebriantes que levam ao suicídio?
O suicídio não é apenas o ato que produz morte instantânea, mas tudo o que se faça consciente para apressar as forças vitais.
“Existe o arrastamento, irresistível? Arrastamento, sim. Irresistível, não!”
A importância de valorizarmos cada vez mais a família, a atenção com o outro, olhar o outro e ouvir o outro, muito além da imagem material e da voz. É olhar o coração do nosso familiar, escutar o pedido de socorro muitas vezes escondido no silêncio excessivo, na ausência constante, na dor de um olhar perdido.
Busquemos juntos o socorro para realizar a conquista da RESISTÊNCIA necessária para enfrentarmos as provas que teremos que vivenciar. Que seja na Casa Espírita, quer ouvindo palestras, tomando os passes, ou junto de outros grupos sociais de apoio e assistência que a sociedade em suas diversas instituições sempre promove.
Podemos questionar quais as consequências do suicídio?
Sabemos que diversas são as consequências do suicídio. Há, porém, uma consequência geral, a que o suicida não pode escapar, que é sempre o desapontamento por não encontrar o que buscava.
O que podemos fazer nesses momentos?
Paulo – I Cor 10:12 – “Estas coisas lhe aconteceram para servir de exemplo e foram escritas para a nossa instrução, nós que fomos atingidos pelo fim dos tempos. Assim, pois, aquele que julga estar em pé, olhe e não caia…”
Não é momento de julgarmos, mas sim de ajudarmos. Lembremos sempre com carinho daquele irmão que, certamente, resistiu bravamente, inúmeras outras vezes, até que se deu por derrotado.
E nós onde estávamos nesses momentos?
Amigos, quando um de nossos irmãos comete o nefasto ato do suicídio, significa que todos nós, como sociedade, falhamos também, em algum aspecto.
Precisamos refletir o que nós estamos passando de valores morais, quando participamos das redes sociais, que é cada vez mais um espaço tão concorrido?
O que estamos ensinando em nossas casas, nossas famílias e na nossa sociedade sobre o Amor, o Perdão, a Boa vontade, Esperança, a Confiança de que juntos somos fortes e que reconstruiremos sempre o mundo de uma maneira muito melhor.
O Bem não pode ser tímido e nem omisso. Portanto, a maior caridade que podemos fazer nesses momentos em que a sociedade atravessa, é nos posicionarmos, nos comprometermos como uma grande família e assumirmos todos os espaços possíveis, conscientizando principalmente os mais jovens sobre a vida futura, a vida espiritual.
Precisamos falar que a vida continua sempre, falarmos de Deus, do amor de Deus, da justiça de Deus, das promessas de Jesus, de que Ele nos prometeu estar junto a cada um de nós em todos os momentos de nossas vidas.
“Vinde a mim, todos vós que estais aflitos, e eu vos aliviarei.”
Falarmos também, sobre a humildade de buscar esse socorro junto a Jesus, da importância da prece para a sustentação dessas forças, da responsabilidade sobre os pensamentos que emitimos, já que estarão sempre atraindo para as nossas companhias, os pensamentos semelhantes.
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Que Maria de Nazaré, nossa Mãe Santíssima, ampare a todos esses nossos queridos irmãos que não conseguiram resistir em um dado momento, e que o seu coração amoroso, cheio de ternura e compreensão, os levante e sustente com vibrações de muita paz e amor e assim os conduza em direção a Deus.
“PASSAM TODAS AS AFLIÇÕES E RAIA SEMPRE O NOVO DIA DE ESPERANÇA PARA QUEM CONFIA.”
Bibliografia:
E.S.E cap. 5:14-17, cap. 28:71;
L.E Questões: 943, 957, 257, 376, 758;
Céu e Inferno: 295, 327;
Devassando o Invisível: 52, 63, 154, 171;
Recordações da mediunidade: 17, 24, 53, 66, 67, 68, 102, 105, 108, 111, 129, 139, 187;
Tormentos da obsessão: 69, 87;
Depois da Morte: 343;
O problema do ser, do destino… 138, 139;
O Consolador: pg: 154, 149 e 150;
Memorias de um Suicida, toda obra;
O martírio dos suicidas: 101(Antero de Quental);
Paulo: Cor I 10:12;